Lâmpadas incandescentes não serão mais vendidas

A partir desta quinta-feira (30), as lâmpadas incandescentes não poderão mais ser comercializadas no País. Os consumidores só encontrarão a partir de agora as lâmpadas fluorescentes compactas, incandescentes halógenas ou as de LED - todas mais caras que as incandescentes, mas que consomem bem menos energia e duram muito mais tempo. Essa é a última etapa de um processo de substituição que começou em 2012, ano em que se proibiu a fabricação e a venda das lâmpadas incandescentes com potência acima de 150 watts. No ano seguinte, a medida atingiu as lâmpadas entre 60 e 100 watts, e em 2014, as de 40 e 60 watts. Restaram no mercado apenas as de potência inferior aos 40 watts, que agora também estão proibidas. E para quem duvida da eficácia da medida, quem insitir em comercializar o produto terá que pagar multa que varia de R$ 100,00 até R$ 1,5 milhão. A fiscalização ficará a cargo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas). Em Campinas, a reportagem do Correio fez uma pesquisa ontem em 25 estabelecimentos comerciais de todos os portes em diferentes pontos da cidade e constatou que as lâmpadas incandescentes praticamente já sumiram das prateleiras. De todos os locais visitados, apenas em uma mercearia no Jardim Guanabara ainda havia um “estoque” de 7 lâmpadas, que estavam sendo vendidas a R$ 6,99. “Vamos ver se nesses dois dias vendemos essas últimas unidades. Se não, vamos recolher”, disse um funcionário, que observou que a procura por esse tipo de lâmpada praticamente não existe mais. Vantagens Especialistas afirmam que uma lâmpada fluorescente compacta economiza 75% de energia elétrica se comparada a uma incandescente de luminosidade equivalente. E se a opção for por uma de LED, a economia é ainda maior - chega aos 85%. Sem contar que a durabilidade da LED é 25 vezes maior que uma incandescente e até quatro vezes maior que as fluorescentes. O diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), Isac Roizenblatt, afirmou que, embora as lâmpadas mais modernas sejam mais caras, é um gasto que compensa por causa da economia gerada na conta de energia elétrica. Além disso, lembrou, os preços dessas lâmpadas caíram muito desde que foram lançadas. Roizenblatt citou ainda que as lâmpadas incandescentes comuns emitem 95% de calor e apenas 5% de luz, o que traz prejuízos também para o meio ambiente. Os consumidores aprovam as novas lâmpadas. Para a funcionária de telemarketing Ana Freire, por exemplo, elas duram mais e geram uma luminosidade mais confortável para os olhos. “Verdade que elas custam um pouco mais, mas acho que vale a pena. Além de mais confortáveis para a vista, duram bem mais do que as antigas, que queimavam muito rápido”. (Da Agência Anhanguera)