Ladrão de comércio é detido e liberado

A Polícia Civil identificou um homem de 31 anos que assaltava estabelecimentos comerciais nos bairros Itatiaia e Carlos Lourenço havia ao menos 15 dias. Noelton Aparecido Lopes chegou a ser detido terça-feira, mas foi liberado por falta de denúncias. Ele mesmo confessou que roubava porque estava desempregado e precisava sustentar a mulher e dois filhos. Em algumas ações, o suspeito usava touca ninja e uma faca e sempre ia aos locais alvos com o próprio carro. Os objetos usados nos crimes foram apreendidos durante a detenção e quarta-feira, com base na apreensão, ao menos quatro vítimas reconheceram os itens e prestaram depoimentos. De acordo com o chefe de investigações do 10º Distrito Policial (DP), no Jardim Proença, Marcelo Hayashi, os assaltos ocorreram em horários diferentes ao longo do dia, entre o dia 28 do mês passado e a última segunda-feira. Em alguns casos ele se passava por cliente e outras situações chegava ao local usando touca ninja e sempre armado de faca. O suspeito visava apenas dinheiro do caixa. Dentre os locais que foram alvos de Lopes constam um varejão, dois pet shop e uma loja de produtos de limpeza. "Ele sempre rendia o operador de caixa e exigia apenas o dinheiro. Os valores levados por ele são entre R$ 150 e R$ 420" , disse Hayashi. Para a ação, Lopes ia em seu carro, um Fiat Uno branco. Ele deixava o carro estacionado por perto e seguia a pé até o estabelecimento alvo. De acordo com o chefe de investigação, o desempregado substituía os disfarces nas ações. Em alguns momentos usava a touca ninja, em outros óculos escuros e boné, segundo relatos das vítimas. Em dois dos casos, os estabelecimentos contavam com sistema de câmeras de segurança. A Polícia Civil identificou o suspeito depois que a Polícia Militar (PM) deteve Lopes, na terça-feira. Ele transitava pela Rua Dr Domingos Aldemar Boldrine, no Jardim Itamaraty, com o veículo, que já era procurado pelos policiais. No interior do carro, os policiais encontraram a touca e a faca e o suspeito foi levado para o 10º, mas como não havia queixas registradas, ele foi liberado. O carro foi apreendido por estar com a documentação irregular. "É importante que as vítimas registrem os crimes em delegacias da Polícia Civil, para que assim possamos ter o início de uma investigação" , orientou Hayashi. "É através da formalização do fato, que teremos noção dos crimes que acontecem. Não podemos trabalhar com suposições" , acrescentou. A partir do depoimento do suspeito, os investigadores passaram a fazer buscas das vítimas e conseguiram localizá-las. Como em dois dos locais havia sistema de segurança, foram coletadas as imagens. Quarta-feira pela manhã, as vítimas prestaram depoimentos e os policiais voltaram na casa do suspeito, mas ele não foi localizado. O delegado Carlos Caviolla vai pedir a prisão preventiva.