Cabeleireira desafiou o ladrão dizendo que a arma não tinha bala e, com raiva, ele se virou e atirou contra a vítima
Local onde ocorreu a tentativa de roubo (Alenita de Jesus/AAN)
A cabeleireira Orivanilda de Souza, 46 anos, reagiu a um assalto e levou um tiro na perna, na altura da canela esquerda, por volta das 8h15 da manhã desta quarta-feira (13), no Jardim Interlagos, em Campinas.
Segundo testemunhas, o bandido queria o carro - um Fiesta que tem seguro -, mas ela achou que a arma era de mentira e recusou a entregar a chave para o ladrão, que desistiu do roubo e caminhou cerca de cinco metros.
A cabeleireira desafiou o ladrão dizendo que a arma não tinha bala e, com raiva, ele se virou e atirou contra a vítima. Ela foi socorrida por vizinhos ao Hospital Beneficência Portuguesa onde ficou internada em observação, sem risco de morte.
A abordagem ocorreu no salão dela, na Rua Expedicionário Arlindo Favorato. Orivanilda estava sozinha e lavava o carro quando o bandido chegou e perguntou o valor do corte de cabelo.
Como não era conhecido no bairro, ela suspeitou do suposto cliente, mas mesmo assim o mandou entrar e aguardá-la dentro do salão. Ele chegou a sentar numa cadeira para esperá-la.
Vizinhos que estavam na rua também estranharam o homem e ficaram de alerta. "Quando ela entrou no salão, ele anunciou o assalto e exigiu a chave do carro", contou o borracheiro Ricardo Lima, de 27 anos.
Após pegar a chave, ele saiu para a rua e ela também foi junto, dizendo que não o deixaria levar seu possante.
Segundo testemunhas, teve um momento que o ladrão abriu a porta do lado do motorista para entrar e ela também abriu a porta do lado do passageiro. Ela chegou a gritar por socorro.
Com a barulheira, a vizinhança começou a sair na rua e o bandido decidiu deixar o carro. "Quando ele já caminhava, ela falou: 'seu revólver não tem bala'. Então ele se virou e atirou" , contou um vizinho.
Após os disparos, o bandido fugiu a pé pela Rua Comendador Jerônimo de Campos Freire, sem levar nada.
Testemunhas dissera, que o suspeito desistiu de levar o carro porque viu um muita gente na rua e que poderia ter feito algo pior com ela.