AÇÃO

Kassab admite que houve erro na ação na cracolândia

Ex-prefeito disse que faltou integração entre os poderes estadual, federal e municipal

Milene Moreto
08/03/2013 às 06:30.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:38
Kassab e o diretor presidente do <CF463>Grupo RAC Sylvino de Godoy Neto (Edu Fortes/AAN)

Kassab e o diretor presidente do Grupo RAC Sylvino de Godoy Neto (Edu Fortes/AAN)

Depois de Campinas ter vivido o impacto da ação da cracolândia na Capital e de ter recebido parte desses usuários, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), em visita ao Correio nesta quinta-feira (7), admitiu que houve “mais erros que acertos” na ação.

Potencial candidato ao governo do Estado em 2014, Kassab acredita que faltou integração entre os poderes estadual, federal e municipal para que o resultado fosse satisfatório.

“É evidente que os resultados não foram positivos. Foi uma ação do governo do Estado, dos órgãos de segurança. Para que você tenha a solução dos problemas, tem que se trabalhar de uma forma integrada com o poder municipal, estadual e federal. Ao longo dos últimos anos houve mais erros que acertos. Numa eventual candidatura a governador, vou deixar clara a necessidade de ter essa interface maior com os entes públicos da federação, e que haja investimentos nessa política de integração”, afirmou.

A ação na cracolândia da Capital ocorreu em janeiro do ano passado. Paralelamente, o número de moradores de rua aumentou 48% no período em Campinas. Os usuários que viviam em São Paulo foram retirados do local onde consumiam a droga sem que houvesse um encaminhamento para a recuperação. O aumento no número de usuários de drogas em Campinas também impactou na segurança.

Kassab tem a segurança hoje como uma de suas principais bandeiras políticas. A área deverá ser explorada pelo ex-prefeito caso sua candidatura se confirme no próximo ano. O setor é, inclusive, o ponto frágil da gestão tucana. Para o ex-prefeito, o que falta na Segurança Pública do Estado de São Paulo é recurso financeiro para poder estruturar as polícias e incentivar a carreira.

O ex-prefeito é enfático ao afirmar que aceita a missão de ser candidato ao governo e exclui a possibilidade de uma costura no primeiro turno que faça o PSD declinar da candidatura própria. Porém, Kassab fala em alianças no segundo turno, já confiante de um bom desempenho nas urnas. “Ficarei muito honrado se a escolha for pelo meu nome. O importante não são as alianças, mas que o candidato deixe claro suas propostas e suas ideias. A questão das alianças num partido grande, que tem tempo de televisão e um bom desempenho em São Paulo, ela já não é tão importante. O partido deve sair com candidatura própria e deixar as alianças para o segundo turno”, afirmou o pessedista.

Kassab nega que sua vinda a Campinas já seja uma estratégica política para angariar eleitores no Interior. O ex-prefeito falou que a visita foi pessoal, para acompanhar a posse do coronel Carlos Carvalho Júnior no comando do Policiamento do Interior 2. 

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