ESCÂNDALO

Justiça retoma audiência adiada do Caso Sanasa

Serão interrogados os integrantes do primeiro escalão do governo do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT)

Milene Moreto
milene@rac.com.br
21/03/2013 às 06:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:45

O juiz da 3ª Vara Criminal, Nelson Augusto Bernardes, retoma nesta quinta-feira (21) o interrogatório de 19 dos 22 réus do Caso Sanasa.

A audiência anterior foi suspensa porque novos documentos foram acrescentados ao processo pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP).

O material se refere ao esquema de lavagem de dinheiro supostamente praticado pelo grupo, investigado atualmente pela Promotoria.

Todos os réus são obrigados a comparecer a audiência. No caso de ausência, ficam sujeitos a várias sanções, uma delas a prisão. A audiência está marcada para as 13h30 na Cidade Judiciária.

Desta vez, serão interrogados os integrantes do primeiro escalão do governo do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT): a ex-primeira-dama de Campinas Rosely Nassim Jorge Santos, o ex-secretário de Assuntos Jurídicos Carlos Henrique Pinto, o ex-diretor técnico da Sanasa Aurélio Cance Júnior, o ex-diretor de Planejamento Ricardo Chimirri Cândia e o ex-secretário de Comunicação Francisco de Lagos. Os empresários que foram denunciados no esquema também deverão ser ouvidos pelo magistrados.

Os acusados podem permanecer em silêncio. Segundo Bernardes, o processo do Caso Sanasa está em fase final. A expectativa é de que a decisão sobre a condenação dos envolvidos saia ainda neste semestre.

Até agora, somente o delator do esquema, o ex-presidente da Sanasa Luiz Augusto Castrillon de Aquino, e os empresários Augusto e Alfredo Antunes foram interrogados. Alfredo preferiu ficar em silêncio.

Novos documentos

Oito inquéritos abertos pelo MP para apurar o esquema de lavagem de dinheiro de parte dos réus do Caso Sanasa travaram a última audiência.

O promotor Amauri Silveira Filho adicionou essas novas provas ao processo, porém, por uma falha administrativa, parte da documentação não estava na mesa do juiz no início da sessão.

A pedido do promotor, o magistrado decidiu adiar os interrogatórios. Até agora, os réus são acusados de fraudes em licitação, corrupção e formação de quadrilha.

Nas novas informações repassadas pela Promotoria, os agentes do Gaeco identificaram um depósito de R$ 567 mil que teria sido feito pelo ex-diretor Cândia para a empresa Instrutec Manutenção e Montagem Industrial Ltda, que tem como sócio Fauze Nassim Jorge, irmão da ex-primeira-dama.

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