A Justiça vai decidir nos próximos dias sobre o pedido de prisão e julgamento do guarda municipal, acusado de matar Gustavo Henrique da Silva
A Justiça vai decidir nos próximos dias sobre o pedido de prisão e julgamento do guarda municipal de Campinas, acusado de matar Gustavo Henrique da Silva, de 26 anos, neto do radialista Bambuzinho, em 27 de janeiro deste ano. A Polícia Civil concluiu ontem o inquérito e encaminhou o caso à Justiça. O guarda municipal foi indiciado por homicídio doloso qualificado, quando há a intenção de matar. O nome do guarda municipal não foi revelado pela Polícia. Na ocasião do crime, ele informou que estava de folga e alegou que o jovem tentou roubá-lo, simulando estar armado. Até o final da tarde de ontem, o Ministério Público não havia se manifestado sobre o inquérito, nem se pediria a prisão do acusado. O corpo de Gustavo foi encontrado em um barranco, na Avenida José de Souza Campos (Norte-Sul), com um tiro na cabeça. Ele apresentava ferimentos, provavelmente causados pela queda pelo barranco. Foi encontrado também com sinais de um tiro na cabeça. Segundo as investigações da Polícia, antes de Gustavo morrer, ele teria parado em um posto de combustível com objetivo de usar o telefone. Segundo depoimentos de testemunhas, Gustavo queria chamar alguém para ir buscá-lo. A investigação policial descobriu também que Gustavo teria sido assaltado, ficando sem o celular e a carteira. Imagens de câmeras de segurança instaladas no entorno da avenida auxiliaram a Polícia na investigação e na identificação do guarda municipal. Rui Pegolo, delegado responsável pelo caso, informou que após inúmeras diligências foi identificado o autor dos disparos. "O guarda municipal foi intimado a prestar sua versão, confirmou os disparos, entregou sua arma e justificou os tiros alegando uma tentativa de assalto. Ele disse ainda que não sabia que havia atingido a vítima naquela madrugada" , afirmou o delegado. O guarda municipal alegou também que Gustavo teria utilizado um pedaço de pau para fazer um assalto. Pegolo informou que a Polícia Judiciária pediu ao Instituto de Criminalística a reprodução simulada dos fatos no local do crime, cujo laudo pericial apontou algumas divergências entre a versão do autor em seu interrogatório e o que foi apurado no local. "Neste sentido, restando cabalmente apurada a autoria delitiva e suas circunstâncias, o inquérito policial foi encaminhado ao Poder Judiciário para prosseguimento" , disse Pegolo. "Em que pese a versão do GM que alegou legítima defesa, foi indiciado pela Polícia Civil como autor do homicídio doloso qualificado" , finalizou o delegado.