Justiça acata queixa contra PM agressor

O Judiciário acatou a denúncia formulada pela promotora Beatriz Granço Siqueira Pereira contra um policial militar aposentado de 51 anos, que torturou a ex-companheira, de 33 anos, e o atual namorado dela, um Guarda Municipal (GM), de 46 anos, no final do mês passado, em Campinas. Além do crime de tortura praticada sob coação, o agressor responderá por constrangimento ilegal e estupro, praticados contra às vítimas. De acordo com a denúncia, na madrugada do dia 29 de julho, o PM aposentado invadiu a casa da ex-mulher, com uma faca e duas armas de fogo. No local, ele surpreendeu a mulher com o novo namorado dela. Sem deixar que as vítimas se vestissem, o suspeito cometeu agressões psicológicas e físicas, inclusive de natureza sexual, contra o casal. Em determinado momento, o PM esquentou a lâmina de uma faca e a usou para provocar uma queimadura na perna do GM. Além disso, ele também esquentou a lâmina de outra faca para escrever o próprio nome nas costas da vítima. Durante o crime, os filhos da mulher, que dormiam na casa, acordaram e viram o policial, que chegou a usar uma arma para obrigá-los a voltar para o quarto deles. As agressões só tiveram fim quando o GM conseguiu fugir para a rua e pediu ajuda para dois policiais, que acionaram o comando da Guarda Municipal. Além da lesão nas costas, a vítima sofreu diversos hematomas pelo corpo, uma grave lesão no rosto e teve um dente quebrado. A mulher ficou dentro da casa com o PM até a chegada dos outros policiais. O PM tentou fugir, mas foi encontrado em seguida em uma casa vizinha e foi preso em flagrante por cárcere privado, violência doméstica, sequestro, tortura e lesão corporal.