sentença

Júri condena torcedores a 19 anos por homicídio

Carlos Daniel Sampaio e Bruno Barros Batista Rodrigues, ambos torcedores da Ponte Preta, foram condenados, na madrugada de ontem, a 19 anos de prisão

Da Agência Anhanguera
14/02/2019 às 08:07.
Atualizado em 05/04/2022 às 00:19

Carlos Daniel Sampaio e Bruno Barros Batista Rodrigues, ambos torcedores da Ponte Preta, foram condenados, na madrugada desta quarta-feira (14), a 19 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado pela morte de Anderson Ferreira, torcedor do Guarani. A sentença foi proferida no Fórum de Campinas, depois de aproximadamente 12 horas de júri popular. O crime aconteceu em março de 2012. Na ocasião, houve uma rodada dupla das categorias de base envolvendo os dois clubes de Campinas. Após as partidas, os torcedores da Ponte Preta foram escoltados por policiais militares até o Estádio Moisés Lucarelli. Um grupo de torcedores, entretanto, voltou para as imediações do estádio do Guarani, onde ocorreu uma briga generalizada. Anderson Ferreira tinha 28 anos. O jovem foi agredido com barras de ferro e pedras. Após o fim da confusão, ele foi socorrido para o Hospital Dr. Mário Gatti, onde teve morte cerebral três dias depois das agressões. Ao todo, seis testemunhas foram ouvidas. Dessas, três eram de acusação e o restante de defesa. Os réus também depuseram. O júri foi composto por sete pessoas. Após a condenação, fogos de artifício foram soltados nas proximidades do Fórum. José Tavares Pais Filho, advogado dos réus, declarou que irá ingressar com recurso no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). No julgamento, ele tentou, sem sucesso, desqualificar o crime de homicídio para o de lesão corporal seguida de morte. Outros cinco torcedores da Ponte Preta que participaram do crime foram condenados a mesma pena em 2018. Quatro deles (Jesserson Nery da Silva, Paulo Henrique de Souza Pires Sigoli, Rodrigo de Aguiar Lopes e Valdir Bajano Junior) são considerados foragidos da Justiça. Isso, porque aguardavam recursos em liberdade. Contudo, o Tribunal de Justiça (TJ) expediu mandados de prisão, que ainda não foram cumpridos. A ação atendeu uma solicitação da Promotoria Pública. Bruno Barros Batista Rodrigues está preso.

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