Julgamentos passam a ocorrer na Câmara em Nova Odessa

O plenário da Câmara de Nova Odessa serviu de Tribunal do Júri na manhã desta terça-feira (14) a pedido do juiz Gabriel Baldi de Carvalho por causa da interdição do prédio do Fórum, desde janeiro. Outros dois julgamentos devem acontecer no plenário, um amanhã e outro no dia 29, sempre a partir das 9h.Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, os julgamentos são referentes a crimes contra a vida com denúncias recebidas até 31 de dezembro de 2009, previstos para acontecerem na Semana Nacional do Tribunal do Júri. Segundo ofício assinado pelo juiz, por ordem do Tribunal de Justiça, a solicitação foi necessária “por não haver local adequado para a realização dos julgamentos”.O presidente da Câmara, Vladimir Antonio da Fonseca, autorizou o uso do plenário após ser informado que os três réus estão em liberdade e não oferecem risco de eventual resgate ou ações violentas. De acordo com a assessoria, as bancadas dos vereadores foram tiradas e as cadeiras reposicionadas, bem como um sistema de segurança especial foi montado para garantir a integridade física dos funcionários, como já acontece habitualmente num Fórum quando há julgamentos. Ainda conforme a assessoria, a audiência durou duas horas e meia e não atrapalhou a dinâmica da Câmara, porque os gabinetes são relativamente afastados.A suspensão das atividades do Fórum, no imóvel alugado que o abrigava desde 2010, aconteceu em 12 de janeiro por problemas estruturais apontados por perito judicial durante período de chuvas. Segundo a Prefeitura, o contrato de aluguel do prédio de 2.370 m² tinha vigência de 15 anos e desde a interdição o Tribunal de Justiça disponibilizou dois motorhomes (espécie de trailer), que ficam no estacionamento do prédio para realização de audiências já agendadas. Já outros serviços são oferecidos no Fórum de Americana, através de plantão.Questionada sobre uma nova sede, a Administração Municipal afirmou que deve finalizar hoje a reforma de imóvel na Avenida Carlos Botelho que abrigava o Procon e que passará a abriga parte do Poder Judiciário. Segundo a Prefeitura, as obras incluíram troca de iluminação, telhado, rede elétrica e cobertura, além de instalação de ar condicionado nas salas, e são acompanhadas pela juíza Michelli Changman. A reportagem procurou o TJ através da assessoria de imprensa, mas não obteve resposta sobre a situação.