A polícia segue as investigações para saber se houve a participação de mais pessoas no crime
Um estudante de 19 anos é acusado de matar o padrasto, um autônomo de 39 anos, com golpes de chave de grifo e depois atear fogo no corpo. O crime aconteceu no último dia 27, em Cosmópolis, mas a Polícia Civil só identificou o jovem nesta segunda-feira (4) após localizar o corpo carbonizado da vítima em um canavial. Heitor Ricardo de Oliveira Portela alegou que matou André Ricardo Cândido após uma discussão. Segundo o jovem, o padrasto era alcoólatra e agressivo. Ele foi preso temporariamente por 30 dias. A polícia segue as investigações para saber se houve a participação de mais pessoas no crime. De acordo com o Setor de Investigação Gerais (SIG), no dia 31 de janeiro, a mãe do jovem, uma feirante de 42 anos, registrou boletim de ocorrência de desaparecimento do marido. Na época, ela contou que o autônomo tinha sumido no dia 27, após ser visto em um bar, no bairro onde moram, no Parque das Árvores. No dia seguinte ao registro, um amigo achou o corpo da vítima em um canavial, localizado a aproximadamente 2 km da casa da família, e avisou a Polícia Civil. O cadáver estava com as mãos e os pés amarrados por cordas. Próximo ao lugar, a polícia achou o carro da vítima, um Ford Fiesta, e uma moto CG 125. "O rapaz contou que as brigas com o padrasto eram recorrentes, pois o autônomo bebia muito e era agressivo com a mãe. Além disso, ele queria que o rapaz arranjasse emprego" , contou um investigador. "No dia do crime, o padrasto teria chegado bêbado e houve uma discussão, cujos motivos não foram citados. Que durante a briga, ele pegou a chave de grifo e deu vários golpes na cabeça do padrasto. Que após matá-lo, ele amarrou as mãos da vítima, para facilitar o transporte, e colocou no porta-malas do carro e levou até o canavial, onde colocou fogo" , relatou o policial. Cândido cuidava de animais, gostava de rodeios e também trabalhava como servente de pedreiro. Segundo o investigador, o jovem alegou que no dia do crime estava sozinho em casa e ao ser questionado pela mãe sobre o sangue no imóvel, justificou que o padrasto teria chegado em casa machucado e depois saiu, sem dar informações de onde iria. "A mãe confirmou a versão e disse que acreditou no filho. Mas, há contradições na história" , disse o investigador. Após localizar o corpo, os policiais suspeitaram de envolvimento do jovem no crime e o intimou a comparecer na delegacia na segunda-feira e ele acabou confessando o homicídio. Segundo amigos, o autônomo vivia com a feirante desde que Heitor tinha 2 anos. O casal tem um filho de 7 anos. No dia do desaparecimento do autônomo, a mulher disse que estava na casa de uma amiga, em Paulínia. Segundo a polícia, o rapaz não tem passagem criminal, mas é usuário de drogas e trabalha com a mãe na feira.