máscaras

Jonas volta atrás e deve começar a aplicar multas

o prefeito decidiu que passará a aplicar a sanção e vai anunciar a medida na próxima sexta-feira

Maria Teresa Costa
22/07/2020 às 11:02.
Atualizado em 28/03/2022 às 22:01
Campinas registra 25 novas mortes (Cedoc/RAC)

Campinas registra 25 novas mortes (Cedoc/RAC)

Apesar de resistir na aplicação de multas às pessoas que saem às ruas sem máscaras e se aglomeram, o prefeito Jonas Donizette (PSB) decidiu que passará a aplicar a sanção e vai anunciar a medida na próxima sexta-feira. Ele informou que será em menor valor do que o definido pelo Governo do Estado, que é de cerca de R$ 500. A medida visa reduzir o número de novos casos e de mortes pela Covid-19 e tentar aumentar o isolamento social, que na segunda-feira chegou a 41%, a menor taxa desde que teve início o monitoramento em março. "Embora venha resistindo em aplicar multa pela situação que as pessoas estão enfrentando, fui convencido da necessidade de aplicar sanções. Nas redes sociais, 80% das pessoas me pedem isso", afirmou. O isolamento social na região de Campinas, que já vinha registrando baixas taxas, despencou na segunda-feira, atingindo os menores índices desde que o monitoramento começou a ser feito. Na segunda-feira, a média nas dez cidades monitoradas da região ficou em 40,2% — na segunda anterior, de 43,5%. O aumento de casos e mortes por Covid-19 e a manutenção da região na fase mais restritiva do Plano SP de retomada das atividades, onde apenas serviços essenciais estão autorizados a funcionar, não têm sido suficientes para que evitar que as pessoas saiam de casa. No caso de Campinas, a taxa de segunda-feira equivale a mais de 710 mil pessoas nas ruas. O menor índice da região, na segunda-feira, foi de 38%, registrado em Paulínia e Itatiba. Hortolândia, Sumaré e Santa Bárbara d´Oeste marcaram 39%, enquanto Americana ficou em 40%. Já Campinas e Vinhedo marcaram 41%, enquanto Valinhos ficou em 43% e Indaiatuba, 44%. "A resistência ao isolamento, muitas vezes tem motivo único: necessidade de trabalhar. Claro que há pessoas que poderiam ficar em casa, mas saem porque estão esgotadas e a tendência é que quanto mais tempo durar as restrições de circulação, mais haverá resistência ao isolamento", avalia o sociólogo Daniel Curso. Segundo ele, são necessárias medidas mais contundentes, como multa para quem sai sem máscaras, mas também é preciso que os governos deem condições de sobrevivência à população, já que o desemprego, especialmente nas regiões mais vulneráveis, atinge de forma dramática. Campinas registrou taxa de isolamento social de 51% no domingo, acima da média do Estado, de 50%, mas a cidade não vem conseguindo ampliar a taxa nos dias úteis. Na sexta-feira, por exemplo, o isolamento foi de 44%, apesar de estar autorizado o funcionamento apenas serviços essenciais. Os índices vinham variando de 45% a 47%, percentual sustentado tanto quando cidade estava na fase laranja de retomada de atividades com a abertura, com restrições, do comércio de rua e shoppings, quanto nas últimas duas semanas, quando entrou na fase vermelha, de maior restrição do Plano São Paulo.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por