Jonas recusa hospital e pede R$ 12 milhões

O prefeito Jonas Donizette (PSB) recusou a oferta do governo do Estado de trazer para Campinas o Hospital de Campanha do Pacaembu da Capital, que foi desativado na última segunda-feira. Jonas pediu ao Estado auxílio de R$ 12 milhões para poder comprar leitos de UTI na rede privada para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Campinas chegou ontem a 9.308 casos da Covid-19 e 355 mortes. O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, informou que o Estado oferecerá ajuda a Campinas. Ele disse que o Estado vai ampliar a capacidade de atendimento hospitalar da região. "Já levamos para a região de Campinas 174 novos respiradores, investimos mais de R$ 40 milhões na rede básica de saúde e capacidade hospitalar, implementamos 62 novos leitos. "Vamos seguir ampliando. "Nenhuma região paulista terá capacidade de atendimento comprometida e vamos ampliar a capacidade de Campinas", afirmou. Ao descartar a transferência do Hospital de Campanha do Pacaembu, o secretário municipal de Saúde, Carmino de Souza, avaliou que a vinda de um hospital de campanha para Campinas já passou e que o melhor, neste momento, é o apoio financeiro para a contração de leitos de UTI na rede privada. Ontem, dos 151 leitos privados, 118 estavam ocupados, uma taxa de 78%. Já na rede municipal a taxa foi de 97% e estadual, de 91%. O prefeito já havia antecipado ao Correio que a instalação desse hospital seria uma opção, mas que levaria tempo para desmontar a estrutura na Capital e montá-la na cidade, e havia ainda uma questão a ser definida que seria o custeio da unidade. "É preciso que o Estado viabilize rapidamente um equipamento maior para atendimento dos pacientes da região", disse. Jonas lembrou que recebeu ajuda de R$ 5 milhões do Estado para a montagem do hospital de campanha e novos leitos, mas a cidade precisa de mais aportes. Em entrevista ontem, o prefeito disse que recebeu sinalização do governo do Estado de que haverá apoio financeiro à cidade para a ampliação da capacidade de internação de pacientes graves na cidade, que também atende pessoas de cidades da região.