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Jonas propõe alugar o Metropolitano

A Prefeitura de Campinas fez a proposta oficial ontem à Justiça do Trabalho para assumir a gestão do Hospital Metropolitano, no bairro São Bernardo

Gilson Rei
07/04/2020 às 10:09.
Atualizado em 29/03/2022 às 18:29

A Prefeitura de Campinas fez a proposta oficial ontem à Justiça do Trabalho para assumir a gestão do Hospital Metropolitano, no bairro São Bernardo, por meio de um aluguel de três meses. O local serviria para atender exclusivamente casos de coronavírus, o que ampliaria em mais 46 leitos a capacidade na cidade. A proposta deverá ser avaliada pelo juiz do Trabalho Rafael de Almeida Martins nos próximos dias e, se for aceita, a Prefeitura poderá assumir o hospital a partir da próxima segunda-feira, 13 de abril. O anúncio foi dado ontem pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), que assinou a proposta oficial, em que estebelece aluguel mensal de R$ 2,2 milhões pela gestão do hospital que está sob intervenção judicial da Justiça do Trabalho por inadimplência e falta de pagamento a funcionários. Caso assuma o hospital, Campinas terá um reforço de 15 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) adulto e 31 leitos de clínica de retaguarda, além de reestabelecer ao trabalho 85 técnicos da saúde e 40 médicos. O hospital poderá ser usado somente os casos encaminhados pela Central de Regulação de Leitos do Município. Para atender casos de Covid-19 e de outras doenças, Campinas conta atualmente com 648 leitos de UTI (adulto, pediátricos e neonatal), distribuídos na rede pública e privada. Deste total, 262 são leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). O município conta também com o Hospital de Campanha no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp com 108 leitos, sendo oito de UTI. Nos próximos dias Campinas poderá também contar com o AME — Hospital Estadual que vai atender exclusivamente casos de Covid 19, com capacidade de mais 35 leitos. O prefeito afirmou que o Hospital Metropolitano está pronto para o uso, passou por análise e aprovação da Vigilância Sanitária e poderá ser muito útil no combate à pandemia. "Tudo está em perfeitas condições de uso, desde prédio, maquinário, leitos de UTI e pessoal técnico que estava trabalhando. Teremos três meses de reforço contra o coronavírus. Vai funcionar nos casos encaminhados para lá", explicou Jonas. Antes de fazer a proposta, uma equipe da Prefeitura teve uma audiência com o juiz Rafael de Almeida Martins e a procuradora Luana Leal. Quarentena A quarentena, prevista para terminar em 12 abril, será estendida pelo menos até o dia 22 de abril, conforme determinou o Governo de São Paulo. Jonas explicou que até dia 10 poderá ampliar este período de quarentena ou manter, dependendo do quadro da doença na cidade. Os números mais recentes da epidemia na cidade mostram quatro mortes, 68 casos confirmados e 882 registros em investigação. Valinhos tem primeiro óbito por Covid-19 A Secretaria da Saúde de Valinhos confirmou ontem a primeira morte pelo novo coronavírus na cidade. O paciente é um homem de 69 anos, que morreu no último domingo, na Santa Casa, onde estava internado desde o dia 1° de abril. Seis mortes suspeitas do município ainda aguardam os resultados dos exames. Com a atualização, sobe para oito o número de mortes confirmadas pela doença na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Além de Valinhos, há óbitos em Campinas (4), Americana (2) e Nova Odessa (1). De acordo com os boletins epidemiológicos encaminhados pelas prefeituras até as 18h de ontem, havia outros 96 casos confirmados na RMC. A maioria dos registros está em Campinas: são 68 ocorrências. Além disso, há também casos positivados nos municípios de: Vinhedo (5), Paulínia (4), Americana (4), Sumaré (4), Itatiba (3), Valinhos (3), Indaiatuba (2), Holambra (1), Hortolândia (1), Jaguariúna (1). (Henrique Hein/AAN)

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