educação

Jonas planeja consulta a projeto cívico-militar

O prefeito Jonas Donizette (PSB) informou que fará consulta pública à comunidade escolar para identificar quais unidades desejam integrar o programa

Maria Teresa Costa
11/10/2019 às 07:34.
Atualizado em 30/03/2022 às 11:32

O prefeito Jonas Donizette (PSB) informou que fará consulta pública à comunidade escolar para identificar quais unidades desejam integrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação. Só após a consulta, será definida qual escola receberá o projeto. Ele disse que orientou sua equipe para que a adesão de Campinas fosse formalizada ainda ontem. O prazo aos municípios vence hoje.  Jonas afirmou que o sistema será implantado em uma unidade escolar e não em toda a rede municipal. “Será uma escola a mais na cidade, uma opção para os pais que desejam este modelo de educação para seus filhos. Quem governa tem que pensar em todos”, disse. A Secretaria de Educação, segundo Jonas, vai elaborar a forma como a consulta aos pais e à comunidade escolar será realizada e a data. A ideia, disse, é realizar um processo semelhante ao que foi feito quando a Prefeitura decidiu implantar o ensino em tempo integral. “Tivemos escolas que não quiseram, outras que concordaram e estamos implantando esse programa. Hoje temos dez escolas em tempo integral e a ideia é implantar mais no ano que vem”, afirmou. Jonas disse que defende a qualidade de ensino e afirmou que Campinas tem resultados pedagógicos positivos de aprendizagem. Para ele, a escola cívico-militar é uma alternativa que não deve ser descartada. “Não posso administrar de forma ideológica. Há muitos pais que querem os filhos estudando em escolas com essa característica. As regras do programa implicam na manutenção do conteúdo pedagógico”, afirmou. Podem aderir ao programa municípios que tenham escola em situação de vulnerabilidade social e com baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), unidades que ofereçam as etapas Ensino Fundamental II ou Médio e, preferencialmente, atendam de 500 a mil alunos nos dois turnos e aquelas que possuam a aprovação da comunidade escolar para a implantação do modelo. De acordo com o programa, as escolas que desejam participar precisarão manifestar interesse junto à secretaria de Educação, que conduzirá um processo de escolha. O programa pretende implantar 216 escolas com o modelo de gestão dividida em todo o País até 2023. Em 2020, serão 54 unidades. O foco do programa, segundo o ministério, é ter uma gestão de excelência com uma equipe híbrida, composta por civis e militares. O MEC tem um orçamento de R$ 54 milhões para o programa em 2020, R$ 1 milhão por escola. O dinheiro será investido no pagamento de pessoal em umas instituições e na melhoria de infraestrutura, compra de material escolar, reformas, entre outras pequenas intervenções. Os militares atuarão no apoio à gestão escolar e à gestão educacional, enquanto os professores e demais profissionais da educação seguirão responsáveis por questões didático-pedagógicas. De acordo com o MEC, os militares atuarão na disciplina dos alunos, no fortalecimento de valores éticos e morais, e na área administrativa, no aprimoramento da infraestrutura e organização da escola e dos estudantes. As questões didático-pedagógicas continuarão atribuições exclusivas dos docentes, sem sobreposição com os militares, e serão respeitadas as funções próprias dos profissionais da educação, que constam na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

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