O prefeito lidera a primeira pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura de Campinas, com 40%; o ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos é o mais rejeitado, com 60%
Eleições municipais acontecem dia 2 de outubro (Agência Brasil )
O prefeito Jonas Donizette (PSB) lidera a pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura de Campinas, com 40% dos votos. Em segundo lugar aparece o ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), com 12% dos votos, seguido por Artur Orsi (PSD), com 8%, Marcio Pochmann (PT), 5%, Marcela Moreira (PSOL), 4% e Jacó Ramos (PHS), que tem 1% dos votos. Os candidatos Edson Dorta (PCO), Marcos Margarido (PSTU) e Surya Guimaraens (Rede) não pontuaram. A pesquisa foi realizada pelo Ibope e encomendada pela EPTV Campinas, registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) com o número SP-08524/2016. Foram ouvidas 602 pessoas de todas as faixas etárias, escolaridade e níveis sócio econômicos, entre a quarta-feira da semana passada e nesta segunda-feira (22). O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. Considerando somente os votos válidos (sem os brancos e nulos), Jonas lidera com 56% dos votos, o que seria suficiente para ser eleito ainda no primeiro turno — para isso são necessários 50% dos votos válidos mais um. Hélio aparece na segunda posição com 17% dos votos válidos, seguido por Orsi (12%), Pochmann (7%), Marcela (5%), Jacó (2%) e Dorta (1%). Surya e Margarido continuam sem pontuar. Campinas tem 822.044 eleitores aptos a votar nas eleições de outubro, Os eleitores ouvidos também foram questionados sobre a avaliação que fazem da administração do prefeito Jonas — 39% consideram a administração regular e 30% ótima ou boa (4% ótima e 26% boa). Outros 28% avaliam o governo como ruim ou péssimo (12% ruim e 16% péssimo). Já 3% das pessoas ouvidas não souberam responder a pergunta. Prefeito cassado alcança rejeição recorde de 60% Cassado em 2011 por omissão e negligência em supostas fraudes em contratos públicos, o ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) tenta voltar ao Palácio dos Jequitibás, mas a tarefa não será fácil. O pedetista tem disparado a maior rejeição entre todos os candidatos a prefeito de Campinas. O índice de rejeição de Hélio é de 60% e supera todos os outros candidatos juntos. O prefeito Jonas tem a segunda maior rejeição — 25% responderam que não votariam no peesebista. Pochmann é o terceiro, com 12%, seguido por Orsi (10%), Marcela (8%), Jacó (8%), Surya (7%), Margarido (6%) e Dorta (5%). Outros 4% disseram que não votariam em nenhum candidato e 12% não souberam responder. Além do alto índice de rejeição, o ex-prefeito ainda pode ter sua candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral. Hélio está inelegível até 2024 pela sua cassação e por ter três contas reprovadas pela Câmara. Após a publicação do edital do seu pedido de registro, os partidos, coligações, candidatos e o Ministério Público terão cinco dias para entrar com pedido de impugnação e apresentar as razões. “Até o dia 15 todos os pedidos foram feitos, a partir daí será publicado um edital que a pessoa “x” pediu seu registro ao cargo “y”. Aí passa a correr cinco dias para eventuais impugnações. Depois o impugnado tem sete dias para falar e o juiz decide. Quem perder vai recorrer ao TRE e depois ao TSE, que são prazos exíguos”, explicou o juiz da 275ª zona eleitoral de Campinas, Luiz Antonio Torrano. Apesar de ser considerado inelegível pelos próximos oito anos e de precisar reverter a situação na Justiça, o pedetista está confiante e diz que vai ter o aval para seguir na disputa. Durante a convenção do PDT que homologou a sua candidatura, Hélio afirmou que “foi escolhido pelo partido e não arredará o pé da disputa política”, e que sua inelegibilidade “é uma questão de natureza jurídica”. No entanto, no mês passado o ex-prefeito teve uma primeira derrota judicial. Ele entrou com um pedido de liminar contra a Câmara para suspender a reprovação de suas contas. A Casa manteve os pareceres contrários emitidos pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Na ação, o pedetista alega que não teve direito à defesa nos processos referentes a 2006, 2009 e 2010. A juíza da 8ª Vara da Fazenda Pública, Paula Micheletto Cometti, negou a liminar. Na ocasião em que a liminar foi rejeitada, o PDT informou, em nota, que “está tomando todas as medidas judiciais cabíveis para a anulação do julgamento das contas de 2006, 2009 e 2010, conduzidos pela Câmara ao arrepio do direito de ampla defesa que assiste ao Dr. Hélio. Aguarda-se provimento judicial para suspender os efeitos dos decretos, garantindo-se, assim, que o verdadeiro julgamento seja feito nas urnas, pela população de Campinas”.