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Jonas entrega projeto de lei para cessão de área

Novo centro de compras ficará ao lado da Estação Cultura

Maria Teresa Costa
30/07/2020 às 11:13.
Atualizado em 28/03/2022 às 20:20
Perspectiva do centro de compras que receberá os camelôs que têm barracas na área central de Campinas (Divulgação)

Perspectiva do centro de compras que receberá os camelôs que têm barracas na área central de Campinas (Divulgação)

O prefeito Jonas Donizette (PSB) envia hoje à Câmara projeto de lei complementar, para autorizar a cessão, por 20 anos, de uma área de 18 mil metros quadrados no Complexo Ferroviário ao Sindicato dos Permissionários, Comerciantes, Ocupantes de Boxes e Prestadores de Serviço em Solo Público da Economia Informal de Campinas (Sindipeic). No local será implantado um shopping popular pelo sindicato, com o compromisso de, após 30 dias da conclusão da obra, transferir as bancas dos 1,2 mil trabalhadores informais para o novo local. A previsão é que a obra estará concluída em dois anos, prorrogáveis por mais dois. O presidente da Câmara, Marcos Bernardelli (PSDB), informou que o projeto deve ser votado, em duas discussões, na próxima quinta-feira. A área é parte do complexo que foi cedido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) à Prefeitura por 30 anos, renováveis. O Dnit cedeu os 18 mil metros quadrados, incluindo um barracão tombado como patrimônio, para a construção do shopping. O vice-presidente do sindicato, Carlinhos Camelô, avalia que a obra custará entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões, valor que será rateado entre os lojistas. O sindicato busca orçamentos com menor preço e prazo de 60 meses para pagar. O prefeito prometeu aos camelôs ajudar na busca de linhas de créditos na Caixa Econômica Federal (CEF). A área fica entre o Terminal Metropolitano e a Estação Cultura. Os camelôs contrataram um arquiteto para fazer o projeto que restaurará o imóvel e no terreno ao lado serão construídos três pisos. O barracão e a nova construção abrigarão os boxes e uma praça de alimentação. O local terá ainda estacionamento. Os camelôs estão no Centro desde 1991, segundo a presidente do sindicato, Zezé Massaioli, e a luta por uma área se arrasta desde 2008, disse Carlinhos Camelô. Segundo ele, a finalização do processo, que chega à Câmara, encerrará também anos de angústias, incertezas e insegurança. A adesão ao projeto já abrange 90% da categoria, disse. Uma solução para a remoção dos vendedores da área central da cidade foi determinada pelo Ministério Público em 2011. Em 2018, camelôs, Prefeitura e Setec se reuniram como promotor de Justiça, Valcir Paulo Kobori, que determinou prazo de 90 dias para a entrega de um projeto final. Os únicos ambulantes que continuarão no Centro são os que ficam em frente ao Mercado Municipal.

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