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Jonas Donizette depõe sobre o caso Ouro Verde

Maria Teresa Costa
07/02/2019 às 12:56.
Atualizado em 05/04/2022 às 09:06

O prefeito Jonas Donizette (PSB) afirmou hoje na Comissão Processante que Sílvio Bernardin, na época secretário de Administração, nunca falou com ele, no período da licitação da nova gestora para o Hospital Ouro Verde, que a OS Vitale era o nome de fachada para a Pró-Saúde, envolvida em fraudes. Também não informou que Vitale era a nova denominação social da Santa Casa de Bariri e que só alterou o nome no final do processo licitatório. Jonas disse que não teve nenhuma influência na contratação da Vitale. O prefeito disse que o que muitas vezes se apresenta como algo esporádico, ocorre com frequência em licitações, como problemas com documentos, mudanças. Mas saiu em defesa de Bernardin, preso na terceira fase da Operação Ouro Verde e libertado essa semana por meio de um habeas corpus. “Quando teve o problema, pus o coração de lado e o demiti da Prefeitura. Ele tem vida simples, humilde. Houve busca e apreensão e nada foi encontrado que o comprometesse”, afirmou. Durante o depoimento, o prefeito afirmou que assim que tomou conhecimento das irregularidades na Vitale, rompeu o contrato, exonerou funcionários que, segundo o Ministério Público estavam envolvidos com desvios de recursos públicos. “Durante a gestão da Vitale começamos a ter problemas na prestação de serviços no hospital e a OS insistia para aditamento do contrato. Chegaram a ameaçar paralisar o hospital para força a Prefeitura a colocar dinheiro. Nunca fizemos isso. Tenho a consciência tranquila”, afirmou. O prefeito disse também que nunca se reuniu com a Vitale e que só viu os diretores na cerimônia de assinatura do contrato de gestão. Acredito que as investigações do Gaeco nos ajudaram a tirar de Campinas essa empresa que vinha prestando um serviço ruim e que pressionava por mudanças no contrato”. O depoimento de Jonas encerrou a fase das oitivas da Comissão Processante, que investiga se o prefeito foi omisso no Caso Ouro Verde. A defesa terá cinco dias para apresentar as alegações finais e depois começará a elaboração do relatório que indicará a cassação ou não de seu mandato. O relatório tem que ser votado pelo plenário até 7 de março. São necessários 22 votos para a cassação.

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