PROJEÇÃO

Jonas crê que cidade irá à Fase Azul ainda este ano

Prefeito diz serem grandes as possibilidade de avanço à etapa menos restritiva do Plano SP de retomada das atividades

Da Agência Anhanguera
07/11/2020 às 10:39.
Atualizado em 27/03/2022 às 18:08
Campinas pode chegar à Fase Azul do Plano São Paulo ainda em 2020 (Leandro Ferreira/AAN)

Campinas pode chegar à Fase Azul do Plano São Paulo ainda em 2020 (Leandro Ferreira/AAN)

O prefeito Jonas Donizette (PSB) disse acreditar que Campinas poderá chegar à Fase Azul do Plano São Paulo — a menos restritiva de todas — até mesmo antes da Capital. Jonas foi enfático ontem, em entrevista coletiva virtual, ao responder a um questionamento de uma internauta. Segundo ele, são grandes as possibilidades de entregar a cidade ao final do mandato, em dezembro, na Fase Azul do Plano. "Eu não queria falar isso, mas já que você perguntou eu vou dizer. Tenho uma perspectiva muito positiva. Acho que a gente deixa Campinas na fase azul", afirmou o prefeito. "Não tenho uma data específica, mas acho que temos perspectiva para isso. Pelo menos no enquadramento de questões técnicas estamos caminhando para isso. Talvez até antes da Capital", acrescentou. A Fase Azul implica no controle da doença e prevê a liberação de todas as atividades, mas com protocolos. Apesar do otimismo, a Prefeitura vem adotando medidas de prevenção a uma eventual segunda onda de contágio pelo novo coronavírus. Ontem, por exemplo, o prefeito anunciou que vai manter o Hospital de Campanha montado, até pelo menos meados de janeiro de 2021.  O secretário de Saúde, Carmino de Souza disse que a cidade tem registrado reduções significativas no número de casos e de óbitos nas últimas semanas, mas admitiu que ainda existe o temor de um novo surto. "Acho que podemos ter um repique", advertiu ele.  Carmino reforçou o que havia dito na semana passada e garantiu que será mantida na rede municipal de saúde uma estrutura de leitos de UTI e de retaguarda para atendimento a pacientes Covid.  O secretário disse já ter iniciado a elaboração do Plano de Contingência anunciado na semana passada, para a possibilidade de a cidade ser atingida pela segunda onda de contágios, que já se verifica em países da Europa e mesmo nos Estados Unidos. Esse plano será feito ao longo deste mês e deverá ser entregue ao prefeito que for eleito nas eleições municipais de novembro. Além da estrutura física de atendimento, o plano vai prever como devem funcionar procedimentos como aquisição de EPIs (equipamentos de segurança para o pessoal da saúde), compra de medicamentos e outros insumos, além de mecanismos sistematizados de contratação de leitos, entre outras medidas. O hospital Montado pela ONG Expedicionários da Saúde, o Hospital de Campanha de Campinas começou a funcionar com 36 leitos, mas tinha capacidade de ampliação para até 114. A partir do dia três de agosto parou de receber novos pacientes, já que, segundo a secretaria, teve início um processo de redução no número de casos de Covid na cidade.  E essa tendência foi se consolidando ao longo das semanas seguintes. Na semana epidemiológica 44 (25/10 a 31/10), por exemplo, um estudo do Observatório da PUC Campinas mostrou que a variação de casos de Covid-19 no Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS) — formada por 42 cidades — foi 7,32% menor na comparação com a semana anterior. Já na RMC (20 cidades), foi 11,48% menor e na cidade de Campinas, a variação foi de menos 5,1%. Em relação à semana imediatamente anterior, as novas mortes aumentaram em 4% no DRS-Campinas. Na RMC o aumento foi de 6,97%, mas em Campinas houve uma queda de 15%, segundo mostra o estudo. "Nós estamos numa fase de, digamos, alguma serenidade, mas não podemos desativar a estrutura de maneira nenhuma", afirmou o secretário.

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