O prefeito de Jonas Donizette (PSB) e presidente estadual do partido avaliou ontem que o fenômeno da votação a Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência acabou transferindo votos para candidatos às eleições proporcionais, de forma que os candidatos mais votados em Campinas não são da cidade. Isso ocorreu com a candidata a deputada estadual Janaina Paschoal, que recebeu até 23h30 de ontem, 91.741 votos em Campinas, enquanto o candidato a federal, Eduardo Bolsonaro, recebeu 45.682. Os dois foram também os mais votados no Estado. “Isso é inédito em uma eleição em Campinas. Não me recordo de algo semelhante ter acontecido antes”, afirmou. Isso acabou tirando votos dos candidatos locais, disse o chefe do Executivo. Jonas afirmou, no entanto, que a grande vitória do PSB estadual é ter Márcio França no segundo turno, disputando com João Doria (PSFB). “Ele começou a campanha desconhecido e cresceu. Soube mostrar um programa de governo consistente e capacidade de governar”, disse. Para o prefeito, será um segundo turno difícil, mas uma boa briga. “Não acho o Doria fraco, mas ele tem muitas fragilidades. Se eu pudesse escolher um adversário, escolheria o ex-prefeito de São Paulo”, disse. Já nas eleições proporcionais, o prefeito comemora a vitória de seu afilhado político, o presidente da Câmara Rafa Zimbaldi, que se elegeu deputado estadual. Já Luiz Lauro, disse, faltou pouco para se reeleger e ficou como primeiro suplente. Ele disse que esperava que a coligação elegesse entre oito e dez deputados. “Conseguimos eleger sete e estamos felizes”, afirmou Na urna O prefeito Jonas Donizette (PSB) votou ontem, por volta das 10h, na Escola Estadual Prof. Milton de Tolosa, no Jardim Leonor, em Campinas. O chefe do Executivo esteve no local acompanhado da primeira-dama Sandra Ciocci e da filha mais nova, além do vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira, do mesmo partido político. Em seu discurso, feito à imprensa no local, Jonas ressaltou a importância do voto consciente e comentou sobre as dificuldades que o Brasil vive. Ele declarou ainda o seu voto para o candidato e atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB). Para presidente, afirmou que votou em Geraldo Alckmin (PSDB), uma pessoa que, segundo ele, sempre o ajudou na política. Jonas avaliou que esta eleição é importantíssima para a definição do futuro e dos rumos da Nação. “Nós vivemos nós últimos quatro anos uma instabilidade muito grande aqui no Brasil. Tivemos a cassação de uma presidente da república (Dilma Rousseff) e dois processos movidos contra o atual presidente (Michel Temer), que o Congresso votou. Isso tudo fez com que o País tivesse dificuldades econômicas e gerasse muito desemprego. Eu acredito que as pessoas perceberam que fazer uma boa escolha é fundamental para a vida delas. Eu espero que os eleitores possam ir para as urnas hoje (ontem) com essa consciência”, frisou. Jonas também reforçou a necessidade do respeito ao voto do outro. Segundo ele, é importante que a decisão final da eleição seja respeitada por todos. “É necessário que aconteça a pacificação. O Brasil é uma das maiores democracias do mundo. Hoje (ontem) teremos 150 milhões de pessoas votando e eleição é paixão, você faz escolhas e discorda de quem pensa diferente de você. O que não dá e para depois que passar o resultado, tanto um lado quanto o outro querer impor o resultado que não aconteceu. É fundamental que o resultado das urnas seja respeitado”, declarou o prefeito. Ao Correio, Henrique Magalhães Teixeira também seguiu a linha de raciocínio do prefeito. O vice disse que o voto é uma importunidade única que os brasileiros têm de exercer a cidadania, mas que para isso todos precisam fazer a sua parte. “A gente tem de estudar os candidatos e, acima de tudo, saber em quem estamos votando. Assim como estudamos para uma matéria que é importante para a nossa vida profissional, nós temos também precisamos estudar a matéria mais importante para a democracia do País, que é o voto consciente”, comentou. (Com Henrique Hein/AAN)