Cabeamento de empresas de telefonia, TV por assinatura e internet atrapalha até passagem de pedestres
O dentista Marcelo Carvalho, de 51 anos, que trabalha em uma clínica na Avenida Washington Luiz, no Jardim Leonor: dor de cabeça nas ruas (Leandro Ferreira/AAN)
Os fios soltos das empresas de telefonia, televisão por assinatura e internet, pendurados ou amarrados nos postes, estão colocando em risco a população do bairro Jardim Leonor, em Campinas. Os moradores reclamam que a fiação solta, além de perigosa, atrapalha a travessia dos pedestres na via pública — como nenhum dos cabos têm identificação, a demora para realização do reparo costuma demorar meses. A reportagem ainda constatou que a situação se repete em outros pontos da cidade, como nas ruas Jean Mermoz (Vila Brandina); Coronel Quirino (Cambuí); Buriti (Gramado); Açaí e Antônio Marchilli (Parque das Palmeiras). Para o dentista Marcelo Carvalho, de 51 anos, que trabalha em uma clínica na Avenida Washington Luiz, no Jardim Leonor, a situação está complicada há algum tempo. “Já tem uns 45 dias, ou seja, quase dois meses, que tem alguns fios soltos na entrada da rua em que trabalho. Como nós não sabemos se eles têm energia ou não, isso está gerando uma apreensão muito grande por parte dos moradores. Esses fios estão cada vez mais perigosos, na medida em estão ficando numa altura cada vez mais baixa”, afirma o dentista. Carvalho conta que as empresas responsáveis pelos cabos de energia, em vez de resolverem o problema, passam a responsabilidade umas para as outras. Ele afirma que um dos moradores do bairro já arriscou a própria vida para tentar resolver a incômoda situação. “Nós não sabemos mais para quem recorrer, porque a gente liga para as empresas responsáveis e elas não sabem como resolver o nosso problema. Um dos moradores, certa vez, decidiu cortar um dos fios, porque eles estavam perigando cair em um carro que estava estacionado”, ressaltou. Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Campinas informou que a responsabilidade, nesse caso em especial, não é do órgão municipal, mas sim da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e das operadoras de telefonia, televisão e internet. O Correio entrou em contato com a CPFL que informou que solicitará a regularização dos cabos para as empresas ocupantes dos postes nos locais mencionados.