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Jardim em Sousas aguça sentidos

Foi inaugurado o chamado Jardim dos Sentidos. Batizado com o nome da arquiteta Gisela Heller Gordon, o jardim é um espaço inclusivo

Da Agência Anhanguera
correiopontocom@rac.com.br
09/08/2019 às 07:54.
Atualizado em 30/03/2022 às 22:20

Um espaço ao lado do Centro de Referência em Reabilitação (CRR), em Sousas, ganhou um novo significado ontem. Foi inaugurado o chamado Jardim dos Sentidos. Batizado com o nome da arquiteta Gisela Heller Gordon, o jardim é um espaço inclusivo que oferece contato com a natureza e a possibilidade de estímulo a todos os sentidos humanos, como a audição, visão, tato, olfato e paladar. Um lugar onde as plantas podem — e devem — ser tocadas, cheiradas e provadas. O jardim foi idealizado como espaço terapêutico, destinado preferencialmente a pessoas que estão em tratamento nas unidades de saúde, como Centro de Referência, mas foi aberto a toda a população. Trata-se de um jardim arredondado, com 10 canteiros de plantas medicinais, condimentos, chás, gramas e pedriscos. Segundo a Prefeitura, foi inspirado em experiências da Europa e em outros lugares do Brasil, como o Jardim Sensorial de Curitiba e o Parque Inhotim, em Minas Gerais. A cadeirante Camila Nunes dos Santos, de 25 anos, frequenta o centro duas vezes por semana e reagiu com alegria à ideia. “É muito válido termos um jardim desta forma aqui. É muito raro eu tocar ou sentir o cheiro de uma planta. Aqui teremos isso. O jardim ficou muito bonito”, disse ela. De acordo com a Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, o CRR atende por mês cerca de 2,5 mil pessoas. O espaço é integralmente acessível, livre de barreiras arquitetônicas, numa concepção que garante que pessoas com deficiência, por exemplo, possam se deslocar sem obstáculos. Com piso tátil, o Jardim oferece canteiros com corrimão e guia, trilha específica para cadeiras de rodas, bancos e informações úteis sobre o espaço, com nomes de plantas escritas em, português e também em braille. Para estimular o olfato, foram cultivadas plantas aromáticas, como menta e lavanda. Há, ainda, plantas que podem ser degustadas e com formatos e texturas diferentes para estimular o tato. Os canteiros contam com dispositivos que produzem sons. Foram investidos cerca de R$ 425 mil na instalação dos equipamentos. O dinheiro é proveniente de uma verba de indenização destinada à prefeitura pelo Ministério Público do Trabalho. O projeto do Jardim dos Sentidos foi elaborado por profissionais que trabalham com plantas medicinais no Centro de Referência. O projeto arquitetônico foi assinado por Thaís Mendonça. Segundo o coordenador de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência, Luiz Antonio Rodrigues, o Jardim dos Sentidos Gisela Heller Gordon é o primeiro na cidade, mas já existe projeto para implantação de outros dois, cujos locais serão definidos. “Campinas já teve um eventual, na Ceasa, em 2013. Foi por 60 dias e foi muito bacana”, disse o coordenador, que é deficiente visual.

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