IPTU Justo Campinas faz mobilização na segunda

Entidades de Campinas de diversos segmentos que participam do Movimento IPTU Justo Campinas farão uma manifestação nesta segunda-feira (11) em Campinas. O grupo se reúne às 15 horas em frente à Prefeitura, na avenida Anchieta e em seguida, às 17 horas, faz a mesma manifestação em frente à Câmara Municipal, na avenida da Saudade. De acordo com o presidente da Rede Imobiliária Campinas, Mário Uchôa, o aumento abusivo do IPTU na cidade vai na contramão do mercado, que ainda está desaquecido, com 14 milhões de desempregados em todo o país. Uchôa explicou que o IPTU de Campinas, no período de 2018 a 2019, teve aumento real de 45,83%, com previsão de 14% em 2020, o que em três anos resultaria em um aumento real de mais de 59% - totalmente fora da realidade do mercado atual. “O IPTU não pode caminhar para ser a única e maior fonte de arrecadação do município, mas sim compor com outras, como o ICMS e o ISS. Com esses aumentos abusivos como ocorreu com o IPTU, essa distorção tende a aumentar em Campinas”, afirmou. Alta Neste ano, a Prefeitura de Campinas estima arrecadar R$ 731,9 milhões com o IPTU. A alta do imposto em 2019 pode variar de 4% a 14,4%, com maior elevação para a parcela da população que reside nas regiões mais nobres da cidade. São imóveis que, na atualização do Mapa de Valores realizada no ano passado, tiveram valorização superior a 30% desde 2005, quando a última atualização havia ocorrido. A Prefeitura justifica que os reajustes do IPTU em Campinas são fruto da atualização da Planta Genérica de Valores (PGV), feita a partir de um trabalho desenvolvido por técnicos de diversas secretarias municipais e coordenado pela Secretaria de Finanças. Com a nova Planta Genérica de Valores (PGV), no primeiro ano, mais de 200 mil imóveis tiveram isenção, redução no valor do imposto, ou pagaram em 2018 o mesmo valor pago em 2017. Em 2019, por exemplo, mesmo com o reajuste de até 10%, houve aumento de 87 mil para 100 mil imóveis com imposto zerado, segundo a Prefeitura.