tropas no Rio

Intervenção receberá reforço de Campinas

Pelo menos 450 militares da 11ª Brigada de Infantaria Leve integrarão ação

Alenita Ramirez
26/04/2018 às 07:49.
Atualizado em 28/04/2022 às 06:50
Policiais do Exército durante operação na Favela da Rocinha, no ano passado: envio das tropas campineiras ao Rio tem data mantida sob sigilo (REGINALDO PIMENTA)

Policiais do Exército durante operação na Favela da Rocinha, no ano passado: envio das tropas campineiras ao Rio tem data mantida sob sigilo (REGINALDO PIMENTA)

Ao menos 450 militares da 11ª Brigada de Infantaria Leve de Campinas serão enviados para reforçar a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. Apesar de não detalhar a missão, a informação foi confirmada pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE). O grupo de militares é composto pelas unidades de Campinas, Lins, Pirassununga, São Vicente, Pindamonhangaba e Itu. Eles vão atuar na capital fluminense. De acordo com o Gabinete de Intervenção Federal, a segurança será reforçada em alguns locais da cidade, inclusive na Vila Kennedy, comunidade escolhida para ser o modelo de ação na segurança pública do Rio. Por motivos de segurança, a data de envio do grupo e a logística da missão não foram divulgadas pelo comando da Brigada. A 11ª Brigada de Infantaria Leve de Campinas conta com cerca de 4,2 mil militares. Só na unidade de Campinas há pelo menos 2.560 militares. Não foi informado quantos destes serão enviados. De acordo com o CMSE, as tropas substituirão os militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), com sede em Caçapava, que está em operação desde 9 de abril. O período de estadia dos militares da 11ª Brigada não foi divulgado. Segundo o CMSE, o tempo de atuação da tropa paulista será de acordo com o planejamento do Comando Conjunto da Operação no Rio de Janeiro. Rodízio Segundo o Comando Militar do Leste, responsável pela ação no Rio, o rodízio de tropas acontecerá a cada 15 dias, para que assim haja um reajustamento nos grupos militares, que já estão no Rio e que são de outros comandos de área. Atualmente, as tropas que estão em atuação nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) da intervenção federal são do Rio. O preparo da GLO é feito em Campinas. As ações ocorrem desde junho de 2017, quando houve a assinatura do decreto, que ainda vigora. A intervenção, no entanto, teve início em 16 de fevereiro deste ano. Outras pacificações Em outubro de 2014, a 11ª Brigada de Infantaria Leve enviou 650 militares para reforçar a missão de pacificar o complexo de favelas da Maré. Na época, 350 deles foram enviados em uma primeira leva em oito ônibus e saíram da Fazenda Chapadão. Depois mais 200 e por fim 100. A operação foi denominada São Francisco. A ação estava prevista para contar com aproximadamente 2 mil homens e tinha a finalidade de cooperar com o governo estadual na preservação da ordem pública e no combate ao crime organizado. Foram oito semanas de treinamento para a missão de pacificação. O Complexo da Maré reunia 15 favelas e uma população de quase 140 mil pessoas. A missão durou dois meses. No ano seguinte, especificamente em julho, o efetivo da 11ª Brigada de Infantaria Leve do Exército fez treinamento intensivo de olho na segurança dos Jogos Olímpicos de 2016. Além das pacificações, os militares campineiros também participaram da Missão de Paz no Haiti. Entre 2004 e 2017, ao menos 20 mil militares foram enviados para aquele país.

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