CONSUMIDOR

Internet passa a ser número 1 em reclamações no Procon

Provedores assumiram a liderança de reclamações no ano passado, ultrapassando bancos e telefonia; em 2013, estava na nova posição

Adriana Leite
14/03/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:58
Usuários reclamam da qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de internetr
 ( Cedoc/RAC)

Usuários reclamam da qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de internetr ( Cedoc/RAC)

Os provedores de internet assumiram o primeiro posto entre os setores mais reclamados no Procon Campinas no ano passado. As empresas que oferecem o serviço receberam 3.950 reclamações. Em 2013, o setor estava na nona posição.   Em 2014, o segmento ultrapassou “concorrentes” de peso - como os bancos, que ficaram no segundo lugar (3.717 queixas) e a telefonia móvel (terceira colocada, com 3.298 queixas). No total, foram formalizadas 44.469 reclamações individuais.   Balanço   Balanço divulgado nesta sexta-feira (13) pelo órgão como uma das atividades para comemorar o Dia Mundial do Consumidor, celebrado neste domingo (15), apontou que a quantidade de atendimentos no órgão somou 158.867 no ano passado. Desse total, 98.032 foram presenciais e outros 60.835 foram realizados pela internet. O órgão realizou 3.158 fiscalizações em estabelecimentos e aplicou 2.919 autos de infração. O diretor do Procon Campinas, Ricardo Chiminazzo, afirmou que o aumento de renda da população nos últimos anos proporcionou que mais pessoas instalassem internet em casa. “Talvez as empresas não estivessem preparadas para atender a crescente demanda. De acordo com nossos dados, as principais reclamações contra os provedores de internet são em relação a problemas técnicos e cobranças indevidas”.   Pedido ao MP Chiminazzo disse que a telefonia celular e os bancos também aparecem entre os primeiros setores mais reclamados pelos consumidores. “Mas a internet ultrapassou esses dois setores. Entretanto, a telefonia móvel e o sistema bancário ainda têm milhares de reclamações registradas”.   O diretor afirmou que o órgão encaminhou ao Ministério Público um pedido de medida judicial contra as empresas de telefonia celular. Ele disse que o Procon Campinas está descentralizando o atendimento e agilizando a resolução dos problemas. Dor de cabeça O consumidor que já precisou recorrer aos serviços de atendimento dos provedores de internet sabe que é difícil resolver os problemas.  “Comprei um pacote de dados com alta velocidade. Percebi que tanto a velocidade quanto a quantidade de dados estavam bem menores do que estava no contrato. Reclamei e depois de 15 dias, nenhum retorno. A partir daí, entrei em um jogo de empurra que durou dois meses”, contou o designer Francisco Silva.   Cansado do desrespeito, ele decidiu cancelar o serviço. “Aí queriam me cobrar uma taxa absurda. Eu já tinha contrato há muito tempo com a empresa, mas me disseram que quando mudei de plano passou a vigorar um novo contrato, com fidelidade de 12 meses. Se quisesse cancelar, teria que pagar quase R$ 500,00”, criticou.

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