Siqueira fingia ser motoboy e seguia as vítimas até o momento de atacar
Mais um integrante da gangue do rolex que age em bairros nobres de Campinas, foi preso na madrugada desta quarta-feira. Caio César Siqueira, de 19 anos, tinha a função de motoboy e atacava as vítimas na região do Cambuí e foi detido, em Sumaré, onde mora, por policiais civis do 13º Distrito (DP), com base em mandado de busca e prisão. De acordo com investigadores, Siqueira é amigo da família Novaes, que comanda a quadrilha. Siqueira agia em uma moto de pequeno porte e usava uma arma pequena, que foi apreendida por policiais do 10º DP, em setembro do ano passado. Ainda segundo os investigadores, o suspeito aguardava as vítimas, cujas informações sobre o alvo eram passadas por comparsas. "A quadrilha é muito bem articulada. Os ‘olheiros’ davam mínimos detalhes de tudo, inclusive a marca do relógio que a vítima usava" , contou um policial. Apesar de a liderança estar em Sumaré, a quadrilha tem ramificações por várias cidades do estado e também em outros estados como Minas Grais e Santa Catarina. No ano passado, a polícia prendeu Fábio Aparecido Novaes da Silva, de 29 anos, que operava o esquema criminoso com braço internacional. Segundo os investigadores, o bando se especializou no roubo de rolex, após descobrir a rentabilidade do negócio. Se antes o bando passava as peças para atravessadores, nos últimos tempos os próprios integrantes estavam fazendo a negociação com o comprador. "Eles se profissionalizaram neste tipo de crime. Se antes eles ganhavam até 30% sobre o preço do relógio, com a especialização, passaram a ganhar até 50%" , disse o policial. Apesar de usar capacete nas ações, em alguns momentos Siqueira usava capacete aberto, o qual deixava aparecer o rosto. "Convocamos as vítimas para que façam reconhecimento dele e com isso podermos ter mais provas para sua punição" , pediu o investigador. Siqueira fingia ser motoboy e seguia as vítimas até o momento de atacar. Geralmente, a abordagem se dava em semáforos ou quando o alvo estava em local isolado. Ele sempre estava sozinho na hora do contato com a vítima. Há, pelo menos, dois meses os policiais já vinham investigando Siqueira.