Foi celebrado o Dia Mundial do Rim e para destacar, o instituto e a Clínica Humânitas realizaram uma campanha de prevenção no Largo do Rosário
Ao menos 13% da população mundial sofrem com problemas renais, segundo o nefrologista José Marcelo Morelli, do Instituto do Rim e Hipertensão de Campinas. De acordo com as estatísticas, uma em cada dez mil pessoas tem algum tipo de enfermidade nesse órgão. Ontem, foi celebrado o Dia Mundial do Rim e para destacar essa data, o instituto e a Clínica Humânitas realizaram uma campanha de prevenção no Largo do Rosário. A expectativa era atender ao menos mil pessoas, mas cerca de 250 passaram pelo local. Os exames eram gratuitos e para quem for diagnosticado com algum problema, será acompanhado pelo instituto até que a rede pública de saúde o encaixe no atendimento. De acordo com Morelli, no mundo são cerca de 850 milhões de pessoas com problemas renais e aproximadamente 2,4 milhões morrem por ano em decorrência as complicações no órgão. No Brasil, há 120 mil doentes renais e que geram um custo de R$ 3 bilhões aos cofres do Ministério da Saúde por ano. Em Campinas, há entre 2,5 mil e 3 mil pessoas em tratamento. “Todo ano aumenta o número de doentes renais por falta de prevenção. As pessoas precisam cuidar da saúde, se alimentar bem e fazer exercícios. A mudança de hábito, desde a infância, ajuda a ter qualidade de vida e prevenir doenças renais. Tem que atentar ao uso de sal e açúcar, ingerir água”, disse o especialista. A aposentada Isaltina Brandão de Souza, de 69 anos, té hipertensa e admite que não dá muito atenção para o problema. Segundo Isaltina, há muito tempo que ela não faz exames para saber como anda o rim. “Na verdade eu nem sabia que a pressão alta pode causar problema renal. Achei interessante participar desta campanha”, falou a aposentada que soube do evento quando estava em uma loja nas proximidades. A também aposentada Benedita Antônia Moreira Chaves, de 67 anos, soube da campanha pela imprensa e decidiu ir ao centro da cidade logo de manha para fazer os exames. “Fiquei muito feliz por participar desta campanha. A rede pública de saúde é muito morosa para conseguir fazer um exame. Eu tenho uma série de problemas de saúde que pode me levar a ter um problema renal e acredito que a partir de agora vou saber como está meus rins”, disse. No local foi feito um cadastro com levantamento de dados de saúde de cada pessoa, aferição de pressão e exame de sangue para ver a creatina, que indica se há doença ou não no rim. Entre as pessoas que mais correm risco de adquirir a doença, estão aqueles que tem mais de 65 anos, que já tiveram problemas como infecções de urina, cálculo renal, cistos e nefrites, que têm antecedente familiar transplantados de rim ou que fizeram hemodiálise, e que são tabagistas, diabéticos e hipertensos.