Empresa tem ajudado no reflorestamento da Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas desde 2021
São 40 pessoas que se voluntariam a cada ano para ajudar no trabalho de reflorestamento da APA Campinas; quem se envolve na ação tem tido a consciência ambiental despertada (Divulgação)
A Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas, que inclui os distritos de Joaquim Egídio e Sousas, vem recebendo desde 2021 novas mudas de espécies nativas, típicas de Mata Atlântica, por meio de uma iniciativa da Unimed Campinas. Com o findar de 2023, a empresa de cooperativa médica contabiliza o total de 3,5 mil árvores plantadas no distrito de Sousas. O local foi escolhido pela empresa como uma forma de contribuir com o reflorestamento na APA de Campinas, situada em uma área de Mata Atlântica, bioma hoje reduzido a menos de 10% de sua cobertura original.
Há dois anos, quando a cooperativa promoveu o primeiro plantio, de 1.500 mudas, o resultado foi a neutralização de 820 toneladas de carbono, referente às emissões de 2020, segundo o diretor comercial da Unimed Campinas, José Windson Angelo Rosa.
No ano passado, foram neutralizadas mais 994 toneladas de carbono emitidas em 2021 pelas operações da cooperativa. Também houve o plantio de mais 1.000 mudas de árvores. “Escolhemos (para reflorestar) uma área que estava degradada pelas ações do próprio clima, como as enchentes que haviam ocorrido em anos anteriores naquela região.”
No mês de dezembro de 2022, o transbordamento do Rio Atibaia afetou o distrito de Sousas, desabrigando 44 famílias. Anos antes, no mês de março de 2016, Sousas enfrentou chuvas intensas que atingiram 128 milímetros, volume esperado para todo o mês, mais uma ocasião em que o Rio Atibaia transbordou.
O diretor comercial da Unimed Campinas explica que a ideia para o projeto de reflorestamento partiu dos executivos da área de Responsabilidade Social – departamento responsável por projetos de sustentabilidade – que optaram pelo reflorestamento da APA entre tantas outras possibilidades disponíveis às organizações que decidem abraçar uma causa ambiental.
Rosa explica que o propósito da Unimed Campinas era contribuir com os esforços globais de enfrentamento das mudanças climáticas e com a preservação da biodiversidade. Diante dessa visão, o projeto que melhor atenderia esse ideal seria o reflorestamento de uma parte da APA de Campinas, concluíram os envolvidos. Dessa forma, o projeto que melhor atenderia a esse ideal seria o reflorestamento de uma parte da APA de Campinas.
O plantio de árvores nativas típicas da Mata Atlântica faz parte de um conjunto de ações em sustentabilidade socioambiental, na agenda ESG (Ambiental, Social e de Governança) da Unimed Campinas, para contribuir com o enfrentamento da emergência climática, hoje um dos principais desafios para a comunidade internacional, afirma Rosa.
REFLORESTAMENTO
Pelo processo de fotossíntese, o plantio de árvores nativas na floresta contribui com o sequestro de carbono lançado na atmosfera. Além disso, o reflorestamento na APA de Campinas colabora na formação de corredores ecológicos de proteção da fauna que habita e transita por aquele território, impactando na preservação da biodiversidade em geral. “O nosso compromisso com a preservação ambiental é antigo e desde 2021 temos intensificado nossas ações, considerando a preocupação cada vez maior da sociedade com os efeitos das mudanças climáticas, como as recentes ondas de calor e fortes enchentes em nossa região”, afirma Gerson Muraro Laurito, presidente da Unimed Campinas.
Ele destaca que a iniciativa em implantar a floresta e compensar as emissões de gases de efeito estufa são formas de a cooperativa contribuir com alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 das Nações Unidas. De modo especial, as ações da Unimed atendem aos ODS 7, 11, 13 e 15, da ONU, que se referem a energia acessível e limpa, cidades e comunidades sustentáveis, ação contra a mudança global do clima e vida terrestre.
ENGAJAMENTO
Se uma nova floresta está sendo formada em uma área da APA de Campinas, isso se deve aos funcionários da Unimed, que atuam de forma voluntária no plantio das espécies da Mata Atlântica. Mais do que o ato de reflorestar, os trabalhadores sentem-se responsáveis por cada árvore que plantam, atribuindo-lhes nomes. Além de batizarem as árvores que plantam, os funcionários as visitam para acompanhar seu crescimento.
O ato de plantar tem despertado a consciência ambiental nos trabalhadores da cooperativa médica. Rosa analisa que o comportamento dos empregados escancara mudanças perceptíveis, orientadas para o engajamento ambiental, desde que eles assumiram a reconstrução de uma floresta. Segundo ele, os trabalhadores comentam entre si o quanto a experiência de plantar uma árvore mudou suas atitudes no cotidiano. Além disso, os que ainda não participaram são estimulados por quem já cumpriu pelo menos uma das três missões humanas no planeta Terra, segundo um famoso ditado popular: ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore.
Os funcionários participantes do projeto da Unimed Campinas postam fotos do ato nas redes sociais espontaneamente, revela Rosa. “Não temos uma pesquisa que mensure o impacto do projeto do reflorestamento na mudança de vida dos colaboradores, mas é unânime a aprovação de todos que participam”. Entre as frases postadas pelos funcionários da cooperativa médica estão: “eu plantei um ipê”, “eu plantei um pau-brasil”, todas acompanhadas por fotos publicadas nas redes sociais de cada um.
A Unimed Campinas emprega 1.800 trabalhadores. A cada ano são 40 voluntários que se candidatam para reflorestar a APA Campinas. “Estamos inserindo uma cultura empresarial de preservação e de valorização do meio ambiente”, analisa Rosa. Ainda segundo ele, outro aspecto que se nota é a maior adesão dos jovens, principalmente na faixa dos 20 aos 35 anos, ao projeto. Esse é o caso de Moniely Camila Pinilla, de 27 anos, formada em Marketing, pós-graduada em Gestão de Projetos e analista de vendas para Pessoa Jurídica na Unimed Campinas.
Ela conta que o engajamento com a sustentabilidade e com a recuperação ambiental proporcionou uma experiência que levará para a sua vida. “Daqui a alguns anos a árvore que eu plantei estará grande e cumprindo a sua função na natureza, oferecendo frutos e sombra”, comemora Moniely.
Ela reconhece que sua geração se posiciona com mais insistência e perseverança no que se refere aos temas ambientais. “Nos preocupamos com o modo como vamos contribuir com a sustentabilidade do planeta e como podemos reduzir os impactos globais”. No entendimento de Moniely, faltam informações a respeito de como as pessoas podem contribuir mais e o que podem fazer pelo planeta. Sua experiência com o plantio de uma árvore foi tão marcante que ela vem, desde então, pedindo que seus familiares e amigos façam o mesmo.
METAS
O orçamento anual para o projeto de reflorestamento da APA Campinas, que começou em 2021, é de R$ 300 mil. Apesar de não ter traçado uma meta de quantas árvores pretende plantar e por quantos anos, Rosa diz que a Unimed Campinas mantém como proposta exigir de todos os seus stakeholders (parceiros comerciais, fornecedores, clientes, comunidade e governos) as mesmas ações por ela praticadas.
“Não sabemos quantas árvores vamos plantar, porém entendemos que esse é um projeto de longo prazo, de ao menos cinco anos, no sentido de aumentar o tamanho da floresta da APA Campinas e restaurar áreas degradadas. Esperamos que, com esse projeto, nossos clientes, fornecedores e colaboradores possam dizer daqui um tempo: ‘agora só falta escrever um livro’.”