CAMPINAS

Ingá tinge bosque do Instituto Agronômico de vermelho

Flores da árvore, considerada rara pela dificuldade de reprodução, chamam atenção de quem trabalha ou passa pelo local, e é possível avistá-la já da Avenida Brasil

Sarah Brito
17/07/2015 às 20:47.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:00
A árvore é a única da cidade a florir e seca rapidamente: são apenas duas semanas com o tom forte no tronco e galhos (Camila Moreira/ AAN)

A árvore é a única da cidade a florir e seca rapidamente: são apenas duas semanas com o tom forte no tronco e galhos (Camila Moreira/ AAN)

Uma árvore rara, com flores avermelhadas semelhantes a um pompom que se espalham pelo tronco e galhos, colore o bosque do Instituo Agronômico de Campinas (IAC). O colorido chama atenção de quem trabalha ou passa pelo local e é possível avistar a árvore já da Avenida Brasil. A planta, um ingá-vermelho plantado há 30 anos no jardim do IAC, floresceu nesta semana e se destaca na paisagem com sua cor forte e o formato peculiar de suas flores.Uma das características da árvore é que ela necessita das sombras de outras espécies maiores para se desenvolver, habitando assim o “sub-bosque”. A árvore é a única da cidade a florir e seca rapidamente: são apenas duas semanas com o tom forte no tronco e galhos.Ela colore seus ramos três vezes ao ano, mas a florada desta estação é considerada a mais espetacular. “No Verão, também temos flores, mas nada como no Inverno. A cor e as flores ficam mais vivas”, disse o pesquisador do IAC Luiz Matthes. Segundo ele, não há estimativa de quantos anos a árvore irá viver, mas ela está saudável.A literatura científica informa que o ingá-vermelho pode chegar a oito metros de altura. A árvore é nativa da América do Sul, sendo mais comum no Paraguai. A informação é que foi introduzida no Estado de São Paulo na década de 70. O nome científico é Zygia sanguinea.A ingá-sanguínea, como também é conhecida, do IAC foi trazida do Litoral paulista por um pesquisador. A planta foi coletada na Serra do Mar, em Santos. Matthes conta que a árvore é considerada rara porque o plantio é difícil. “Ela produz poucos frutos e as sementes secam logo após caírem”, disse o especialista. Quatro “filhos” do ingá-vermelho foram plantadas na Fazenda Santa Elisa há cinco anos. As árvores estão com um metro e meio, mas não floresceram este ano.EspéciesUma segunda espécie de árvore é conhecida como ingá-vermelho, com características semelhantes às da planta do IAC. É a Vygia cauliflora, cujas flores têm uma mistura de rosa com branco. Diferente do tipo sanguínea, a outra espécie é mais alta, mas tem cachos de flores menor. Esse segundo tipo habitou o parque do IAC, mas foi transplantada e não sobreviveu. Ela veio do Parque da Água Branca, de São Paulo, e é uma árvore nativa da Amazônia e Colômbia.PARA VISITARO Instituto Agronômico de Campinas recebe visitas para conhecer o jardim e também as pesquisas feitas no local. Quem tiver interesse, pode agendar o passeio. O telefone de contato é o (19) 2137-0600.

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