Foram testadas 330 pessoas e apenas em 11 (3,33%) o resultado foi positivo
Infecção entre os moradores de rua é menor (Cedoc/RAC)
O primeiro inquérito sorológico da população em situação de rua em Campinas mostrou que a infecção pelo coronavírus é ligeiramente mais baixa entre esse grupo, em comparação com o restante da população. De acordo com dados apresentados ontem pelo secretário de Saúde Cármino de Souza, foram testadas 330 pessoas e deste total, em 11 o resultado foi positivo para o novo coronavírus. Isso é equivalente a um índice de 3,33%. Segundo o secretário, esse índice é menor que o verificado na média da população campineira. Num inquérito cujo resultado foi divulgado na segunda quinzena de agosto, a população em geral de Campinas registrou índice de 3,68% de contaminação. O inquérito entre as pessoas em situação de rua foi realizado entre os dias 13 e 30 de outubro. Além das pessoas em situação de rua, também foram testados 124 trabalhadores dos serviços como consultório na rua, abrigos, SOS rua e Samim. Três trabalhadores testaram positivo, ou seja, 2,4%. As pessoas em situação de rua foram abordadas em diversos locais da região central da cidade como o Largo do Pará, Mercadão, na região da Fepasa, Terminal Central, no entorno da Catedral Metropolitana, e mesmo nas ruas, além dos que foram atendidos nos Caps (Centro de Atenção Psicossocial), Samim e no Abrigo Dulce. Os testes foram realizados pelo Consultório na Rua, serviço de saúde itinerante que oferece assistência à população em situação de rua. Foram usados testes rápidos que, por meio da presença de anticorpos, indicam se a pessoa já teve contato com o vírus. A secretaria de Saúde garante que os testes continuam sendo realizados. Diz que até o momento, foram testados mais de 40% da população em situação de rua, que de acordo com o último censo é de 822 pessoas. Um segundo inquérito será divulgado, mas ainda sem data definida. Durante o trabalho, os moradores em situação de rua que apresentaram sintomas não fizeram o teste rápido. Neste caso, foi feita avaliação clínica, exame molecular T-PCR e encaminhamento para o Abrigo Zilda Arns, que é exclusivo para sintomáticos respiratórios.