A indústria da região de Campinas fechou 750 postos de trabalho em maio, segundo dados divulgados ontem pela regional de Campinas do Ciesp
A indústria da região de Campinas fechou 750 postos de trabalho em maio, segundo dados divulgados ontem pela regional de Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Foi o segundo pior resultado para o mês nos últimos 16 anos, quando começou a série histórica. Nesse período, apenas maio de 2015 teve mais demissões (1,9 mil). No acumulado do ano, o resultado está negativo em 1,4 mil vagas - no mesmo período de 2018 foram gerados 2,6 mil empregos. Segundo José Henrique Toledo Corrêa, diretor do Ciesp-Campinas, a economia está parada. “Sem aumento nas vendas e com os custos fixos, a saída é reduzir os gastos - e isso inlcui corte de vagas”, disse. Corrêa ponderou, entretanto, que não estão ocorrendo demissões em massa, mas sim desligamentos pontuais. “Metalúrgicas e montadoras de automóveis já chegaram a dispensar 2 mil pessoas de uma vez. Não estamos vendo isso hoje”, afirmou. O estudo apontou que o resultado de maio foi influenciado principalmente pelos cortes nos setores de máquinas e equipamentos, produtos alimentícios, veículos automotores e autopeças e produtos têxteis. Um outro estudo divulgado ontem apontou que faturamento da indústria de máquinas e equipamentos em nível nacional cresceu 4,7% em maio na comparação com abril, atingindo R$ 7,16 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que congrega as indústrias do setor. Na comparação com maio do ano passado, o setor registrou uma expansão de 15,1%. No acumulado até maio, o faturamento cresceu 7,5%. Já o nível de emprego na indústria de máquinas e equipamentos cresceu 0,4% em maio ante abril, de acordo com a Abimaq. Em números absolutos, o setor empregava em maio 308,78 mil trabalhadores - crescimento de 4,4% sobre o mesmo mês do ano passado. No ano, até maio, o quadro de empregados cresceu 4,3%. (Com Estadão Conteúdo)