Sanasa tem realizado a substituição de tubulações antigas por novas, que são fabricadas em Polietileno de Alta Densidade (PeAD), um material com durabilidade superior a 50 anos: “estamos investindo R$ 269 milhões na troca de redes de água de Campinas para garantir menos vazamentos”, afirmou o presidente Manuelito Magalhães Júnior (Kamá Ribeiro)
No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado ontem, o Instituto Trata Brasil (ITB) divulgou novo relatório sobre perdas de águas em 2024, colocando Campinas entre as 20 melhores cidades no País no item redução de perdas. O ITB é uma organização da sociedade civil que busca a universalização do saneamento no país e realizou a pesquisa em parceria com a consultoria GO Associados.
No “Estudo de Perdas de Água 2024 (SNIS, 2022): Desafios na Eficiência do Saneamento Básico no Brasil”, que busca expor o grande problema econômico e social da ineficiência no controle de perdas de água em nosso país, Campinas ocupa o quinto lugar no item de municípios com padrões de excelência em perdas de água, com índice de apenas 20,19% de perdas na distribuição. O dado é referente ao ano de 2022.
O estudo foi elaborado a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, ano-base 2022) e compreende uma análise do Brasil, de suas cinco macrorregiões, das 27 Unidades da Federação e dos 100 municípios mais populosos do país (incluindo as capitais dos estados), que figuraram no Ranking do Saneamento de 2024.
De acordo com a Sanasa, desde que o Programa de Redução de Perdas da Sanasa teve início, em 1994, cerca de 638 bilhões de litros de água deixaram de ser retirados dos rios que abastecem Campinas. Mesmo com uma população 50% maior que a de 27 anos atrás – atualmente é de 1,1 milhão de habitantes, segundo o IBGE – o volume daria para abastecer os campineiros durante 7,5 anos.
Essa economia só foi possível por causa das trocas de redes, que são a base do programa. A Sanasa tem realizado a substituição de tubulações antigas por novas, fabricadas em Polietileno de Alta Densidade (PeAD), um material com durabilidade superior a 50 anos.
“Estamos investindo R$ 269 milhões na troca de redes de água de Campinas para garantir menos vazamentos. Isso ajuda a contribuir com a revitalização da bacia hidrográfica da região, porque retiramos menos água para tratar e usamos menos produtos químicos. Trabalhamos para melhorar a qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente”, destaca Manuelito Magalhães Júnior, presidente da Sanasa. Por serem mais resistentes, as novas tubulações possibilitam drástica redução no número de rompimentos nas redes, evitando perda na distribuição.
Para Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, a redução de perdas é fundamental para o avanço do saneamento básico. “O estudo aponta que o volume total de água não faturada no país equivale a cerca de 7.639 piscinas olímpicas de água tratada desperdiçadas diariamente. Para revertermos esse cenário, precisamos priorizar os investimentos e colocar o tema no centro da agenda pública. Além dos benefícios para o meio ambiente, a redução de perdas de água de 37,8% para 25% resultaria em ganhos de R$ 40,9 bilhões para o país até 2034. Por isso, exemplos como o do município de Campinas, que já alcançou a meta nacional, são importantes, porque mostram que é possível e servem de exemplo aos demais”, afirma Luana.
Ao final deste ano, o Programa de Redução de Perdas da Sanasa totalizará a troca de 900 km de redes em diversos bairros da cidade, sendo metade realizada apenas nos últimos quatro anos.
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