TRAVA URBANA

Indefinição prejudica bairros de Barão

Proprietário reclama de impossibilidade para instituir loteamento e moradores sofrem com falta de infraestrutura

Henrique Hein
20/07/2018 às 07:14.
Atualizado em 27/04/2022 às 13:21
População se queixa principalmente da ausência de segurança viária (Leandro Torres/AAN)

População se queixa principalmente da ausência de segurança viária (Leandro Torres/AAN)

A impossibilidade de instituir um loteamento residencial na região dos bairros Real Parque e Bosque de Barão Geraldo, em Campinas, tem se tornado um motivo de preocupação para o proprietário Edmar Cardoso, de 89 anos. Isso porque, há 12 anos, ele luta pela regularização dos lotes junto à Prefeitura. De acordo com ele, todos os documentos exigidos já foram entregues, mas, mesmo assim, o processo permanece sob análise da Administração, que segundo o idoso, não autoriza o início das obras, porque tende a arcar com parte dos custos. A reportagem esteve no local quarta-feira e constatou que os moradores que vivem na região sofrem com a falta de calçadas, de iluminação e de alargamento de avenidas importantes, onde a população transita em condições de risco durante o dia e a noite, sem o mínimo de sinalização e segurança, e a qualquer momento podem ser atropelados. A faxineira Katia Castro, de 36 anos, por exemplo, descia um dos trechos da Avenida Doutor Eduardo Pereira de Almeida. O local onde ela passava fica ao lado do loteamento “abandonado”. Como não há calçadas, ela se via obrigada a andar com duas sacolas pesadas de supermercado no meio dos carros que trafegavam pela via. “Eu moro aqui há oito anos e nunca teve uma calçada aqui. A gente anda na rua torcendo pra um carro não passar em cima da gente”, comentou. Cardoso explica que já chegou a tirar dinheiro do próprio bolso para realizar melhorias na comunidade. Ele revela que vem sendo cobrado pelos residentes por não construir o loteamento e que todos os anos paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ao governo municipal pela área não utilizada. “Estou impedido de tocar o meu projeto e a população local também fica prejudicada diante das melhorias que viriam, como um acostamento, um novo arruamento e uma nova pavimentação de rua”, frisou. Prefeitura Procurada pela reportagem, a Prefeitura informou apenas que aguarda o responsável pelo loteamento atender os requisitos legais pedidos pelo governo municipal. Entretanto, em nenhum momento, cita quais seriam esses procedimentos. 

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