POLÍCIA

Indefinição marca caso de Paulínia

Kiko Meschiati aguarda ainda no 2º DP e vaga na Câmara continua em aberto

Agência Anhanguera de Notícias
13/07/2018 às 07:30.
Atualizado em 28/04/2022 às 11:18
Parlamentar é condenado a quase 5 anos por falsificação de cédulas (Cedoc/RAC)

Parlamentar é condenado a quase 5 anos por falsificação de cédulas (Cedoc/RAC)

Após ter se apresentado à polícia anteontem, o vereador Kiko Meschiati (PRB), o mais votado de Paulínia nas eleições de 2016, ainda não sabe onde vai cumprir a pena de 4 anos e 8 meses de prisão em regime semiaberto por uso de cédulas de dinheiro falsas. Desde que se entregou, o parlamentar tem permanecido preso em regime fechado na cadeia anexa do 2º Distrito Policial de Campinas, mas ainda aguarda vaga no sistema prisional. A execução da pena que definirá onde ele ficará preso e qual horário de saída e entrada na unidade prisional ainda não foi publicada. A defesa de Meschiati entrou com pedido de habeas corpus para tentar a soltura dele até que seja definida qual penitenciária o parlamentar cumprirá a prisão em regime semiaberto. Como não possui Ensino Superior, o vereador não terá direito à cela especial. No âmbito político, um imbróglio ainda deixa indefinida a cadeira vaga do vereador na Câmara. Consta no regimento interno da Casa de Leis, que há previsão de perda do mandato de vereador em caso de condenação criminal transitada em julgado, no entanto, para isso, há necessidade que a queda do parlamentar seja provocada por algum dos vereadores, que possa pedir cassação, ou do partido político do vereador. Neste cenário, seria instaurado um procedimento específico que seria submetido a votação em Plenário para deliberação dos vereadores. O suplente de Meschiati é José Soares, também do PRB. Ele só poderá assumir o cargo quando o então titular deixar, de fato, o posto. A Câmara de Paulínia está em recesso parlamentar até 7 de agosto, mas é possível que alguma sessão extraordinária seja convocada durante o período para discutir o fim do mandato de Meschiati. Outro cenário para que ele deixe o cargo é se ausentar em um terço das sessões ordinárias, o que inevitavelmente acabará ocorrendo até o final do ano caso o vereador permaneça preso. De acordo com a Polícia Federal, o Meschiati e seu primo repassaram notas falsas de R$ 50 no comércio em 8 de maio de 2004 a duas pessoas. Um vendedor de uma padaria suspeitou e chamou a polícia, que encontrou no veículo de Meschiati 36 cédulas falsificadas, que totalizavam R$ 1,8 mil. O processo se arrastou por longos 14 anos até a condenação em segunda instância.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por