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Indaiatuba é a mais segura da RMC

Cidade ocupa o 9º lugar no ranking nacional divulgado pelo Atlas da Violência

Alenita Ramirez/AAN
alenita.jesus@rac.com.br
16/06/2018 às 09:30.
Atualizado em 28/04/2022 às 12:56

Em Indaiatuba a taxa de educação é de 36,7 e o percentual de crianças vulneráveis à pobreza atinge só 13,4 (Leandro Ferreira/AAN)

Indaiatuba é o município mais seguro para se viver entre as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), segundo o relatório do Atlas da Violência de 2018, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O município ocupa o 9º lugar entre as dez cidades mais seguras do ranking nacional. Campinas ocupa o 62º lugar no ranking nacional. Como a RMC conta com apenas oito cidades com mais de 100 mil habitantes, base de cálculo da pesquisa, Campinas aparece em 6ª posição na classificação regional. O Atlas da Violência mapeou as mortes violentas em 309 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. A pesquisa constatou que 50% das mortes violentas ocorreram em apenas 123 municípios, o equivalente a 2,2% do total de municípios. Os três mais pacíficos, segundo o estudo, são: Brusque (SC), Atibaia (SP) e Jaraguá do Sul (SC). Os três mais violentos são: Queimados (RJ), Eunápolis (BA) e Simões Filho (BA). Enquanto os três mais pacíficos apresentam taxas de morte violenta de 4,8 a 5,4 a cada 100 mil habitantes, os três mais violentos têm taxas de 107,7 a 134,9. A pesquisa considera mortes violentas a soma de agressões, intervenções legais e mortes violentas com causa indeterminada, tomando como referência o município de residência da vítima. Os dados analisados são referente a 2016, último ano disponível no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O estudo aponta que há uma correlação entre as condições educacionais, de oportunidades laborais e de vulnerabilidade econômica e a prevalência de mortes violentas. Para fazer a análise, os pesquisadores observaram indicadores de educação infantojuvenil, pobreza, gravidez na adolescência, habitação, mercado de trabalho e vulnerabilidade juvenil. Os municípios com menor acesso à educação, com maior população em situação de pobreza e maiores taxas de desocupação apresentam maiores taxas de mortalidade violenta, segundo a pesquisa. Em Indaiatuba a taxa de educação para crianças de 0 a 3 anos é 36,7, e entre 15 a 17 anos, 86. No item pobreza, a análise per capita dos 20% da população mais pobre chega a 400 e entre as crianças pobres, 2,9. O percentual de crianças vulneráveis à pobreza é de 13,4. Em Campinas, o estudo apontou que a taxa de educação para crianças de 0 a 3 anos chega a 41,2 e entre 15 a 17 anos a 85,3. No item pobreza, a taxa da metrópole por renda per capita dos 20% mais pobre é de 360,0, enquanto o percentual de crianças pobres soma 6,8. O percentual de crianças vulneráveis à pobreza soma 21,9. Ou seja, quanto mais baixo for este percentual, melhor a classificação. Tranquilidade Indaiatuba também teve o melhor desempenho no quesito trabalho. A taxa de desemprego entre jovens de 15 a 17 anos chega a 22,5, contra 29,3 em Campinas. A taxa de desocupação entre pessoas de 18 a 24 anos também é menor, de 10,9, enquanto Campinas atinge 13,2. De acordo com o Ipea, o estudo discute o papel da prevenção social dentro de uma abordagem de políticas efetivas de segurança pública e expõe elementos fundamentais geralmente presentes nas experiências nacionais e internacionais, que tiveram êxito em reduzir crimes violentos. Diretrizes A pesquisa chama a atenção para alguns pontos, como o comprometimento dos três governos: federal, estadual e municipal com a vida das pessoas; a organização da gestão da segurança pública com base no método científico e nas evidências empíricas; a mobilização e articulação de todas as forças e atores sociais na busca pela paz (neste caso da população como um todo); o controle e a retirada das armas de fogo; a disseminação de espaços de mediação de conflitos e a mudança do modelo de polícia, de uma abordagem meramente reativa, para um modelo de repressão qualificada; bem como a estruturação de uma política de prevenção social, focalizada nos territórios mais conflagrados e nas crianças e jovens. De acordo com o instituto, os estudos, que são muito complexos, começam pela coleta dos dados, feita em 2016, e no último ano foi realizada a compilação dos dados.

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