HORTOLÂNDIA

Incêndio destrói área da farmacêutica EMS

Chamas atingiram parte do almoxarifado

Renato Piovesan
21/10/2018 às 11:29.
Atualizado em 06/04/2022 às 00:53

Um incêndio de grandes proporções atingiu ontem parte da indústria farmacêutica EMS, em Hortolândia. As chamas tiveram início por volta das 11h40 na área de expedição e no almoxarifado, e rapidamente se alastraram por conter materiais inflamáveis, como caixas de papelão, vidros, insumos para medicamentos, além de máquinas de produção. Somente às 15h os bombeiros conseguiram conter o fogo, mas a enorme cortina de fumaça pôde ser vista a quilômetros de distância até o anoitecer.  Ninguém se feriu. No momento do incêndio, cerca de 500 funcionários trabalhavam na fábrica. Mas, logo que o alarme tocou, todos deixaram a empresa. Moradores vizinhos também foram alertados por bombeiros a deixar suas casas. Embora alguns trabalhadores da empresa tenham dito que as chamas começaram devido a um curto-circuito, nenhum bombeiro confirmou as causas do fogo até o fechamento desta edição. Em nota encaminhada à imprensa, a EMS informou que o motivo do incêndio está sendo investigado e confirmou que as chamas atingiram o almoxarifado da unidade, localizada entre a Avenida Emancipação e a Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, a Campinas Monte Mor (SP-101). "A brigada de emergência funcionou imediatamente, evacuando todos os espaços onde havia colaboradores", assegurou a empresa. Brigadas de incêndio de outras empresas, como Bosch e Villares Metals também deram suporte no combate às chamas, bem como equipes do Corpo de Bombeiros de Hortolândia, Campinas, Monte Mor e Sumaré. Ao menos sete caminhões-tanque passaram pelo local durante a tarde. A Polícia Militar isolou as imediações da parte da fábrica atingida pelo fogo com faixas. Ainda assim, centenas de moradores de bairros próximos acompanharam os trabalhos dos bombeiros. Auxiliar de limpeza da EMS, José Resende estava emocionado. "É horrível ver isso, tudo acabando com o fogo. Agora temos que esperar", disse. A empresária Cleine Lina Queiroz tem uma loja de portas e vidraçarias na esquina do local atingido pelo incêndio e conta que se apavorou no momento que percebeu o ocorrido. "Foi um susto muito grande. Começou a esquentar muito onde estávamos e as chamas chegaram bem perto da loja. Nem sei se perdemos algo, porque não podemos mais voltar para lá." O instalador de som automotivo Júlio César Dantas também trabalha em um estabelecimento a menos de 50 metros da EMS e lembra dos momentos de caos. "Sentimos cheiro de queimado, e de repente ao olharmos pela janela, vimos muita fumaça. Aí virou um tumulto, com veículos saindo na contramão, trânsito em parafuso e pessoas e vizinhos com crianças chorando correndo pelas ruas", descraveu. Parte da estrutura lateral do prédio atingido pelo incêndio desabou. Durante toda a tarde foi possível ouvir o barulho de pequenas explosões no interior da empresa. A unidade de Hortolândia da EMS foi inaugurada em 1999, passando por expansão em 2011, se tornando a maior planta da empresa de medicamentos no Brasil. 

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