Fogo no Instituto de Estudo da Linguagem (IEL) começou por volta das 5h, suspeita é de curto-circuito
Incêndio destruiu metade do prédio (Élcio Alves/AAN)
Um incêndio atingiu parte de uma das bibliotecas mais importantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), instalada no Instituto de Estudo da Linguagem (IEL). O acervo principal não foi afetado, segundo o diretor associado do IEL, Flávio Ribeiro de Oliveira. A direção aguarda a perícia técnica, mas informações preliminares dos bombeiros, segundo Oliveira, o fogo foi causado por curto circuito a partir da fiação elétrica do prédio, de um computador ou estabilizador.
A universidade informou, em nota, que instaurou um procedimento técnico administrativo para apurar as causas e avaliar as conseqüências do incêndio que atingiu o prédio anexo à biblioteca do IEL. A reitoria informou que tomou providências para efetuar os reparos necessários e repor os equipamentos danificados. A perícia técnica da Polícia Civil também esta apurando as causas do incêndio. Um acesso alternativo ao acervo da Biblioteca será liberado aos usuários assim que a perícia concluir o trabalho.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio atingiu o prédio anexo, térreo, e destruiu praticamente metade (470 m2) do edifício, além de móveis e equipamentos. De acordo com o diretor, o incêndio foi detectado pela vigilância do campus às 5h50 no setor de atendimento e os bombeiros chegaram em seguida, controlando o incêndio. O fogo destruiu as salas de trabalho do térreo, onde estão o setor de processamento técnico e a sala da diretora. Embora o acervo principal não tenha sido atingindo pelo fogo, alguns livros que passavam por processamento nos setores técnicos foram destruídos. A direção ainda não tem um levantamento dos que foram queimados.
A Biblioteca do IEL tem um acervo com cerca de 105.650 livros, 1.510 rótulos de periódicos e 3.225 teses e dissertações. Ali estão também algumas coleções especiais, com a Müller-Carioba, com 530 livros editados em sua maioria no séculos 18 e 19 e alguns dos séculos 17; há também Primeiras Edições, com 1.620 volumes, a coleção Brito Broca com 2.718 volumes; Cornélio Pena com 1934 volumes, Aída Costa com 1631 volumes e Obras Raras com 187 volumes.