Improviso em Pronto Socorro salva vida de bebê

A imagem de um bebê mantido em uma caixa de papelão no hospital viralizou nas redes sociais e chocou Santa Bárbara d'Oeste. Quarta-feira, uma menina de apenas um mês de vida foi levada por sua mãe ao Pronto-Socorro Dr. Afonso Ramos com pneumonia. Enquanto aguardava pelo atendimento médico, a mãe deu de mamar e a criança engasgou com o leite. Foi aí que, mesmo sem incubadoras disponíveis, médicos e enfermeiros resolveram colocar a pequena Alice numa “tenda de oxigênio” improvisada numa caixa de papelão. A foto, publicada pela prima da bebê, a autônoma Vanilda Tiyoko, gerou uma onda de críticas à equipe médica do local, mas ela mesma os isentou da medida, e ainda considerou que o improviso salvou a vida da criança. “Minha crítica não é pros médicos ou enfermeiros, mas sim pra administração da Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste. Se os médicos não tivessem improvisado com a caixa de papelão, a menina estaria morta. Eles foram gênios. Postei a foto no Facebook como um grito de alerta para que isso não precise ocorrer com outras crianças”, comentou Tiyoko. “Não tinha vaga na UTI neonatal em Santa Bárbara e nem UTI móvel pra transportar a criança para um hospital maior. Só depois dos médicos terem conseguido dar o oxigênio pra neném, com a caixa, que os médicos conseguiram levá-la a Sumaré”, completou. A bebê foi encaminhada ao Hospital Estadual de Sumaré na madrugada de ontem, com quadro estável. Segundo o último boletim médico, divulgado às 17h de ontem, Alice ainda não havia recebido alta. Em nota, a Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d'Oeste enalteceu o trabalho da equipe de profissionais do Pronto-Socorro Dr. Afonso Ramos, frente ao atendimento prestado à bebê, que necessitava de tratamento intensivo em pediatria: “Diante do quadro e vendo a necessidade de oxigenação da paciente, montou-se um sistema de tenda de oxigênio improvisado, que prestou pleno atendimento à bebê, suprindo sua necessidade e permitindo sua sobrevida até que a vaga no hospital de referência fosse liberada. Vale ressaltar que a não utilização desta manobra, bem pensada pela equipe, poderia incorrer em agravo ou até mesmo à morte da bebê, que foi transferida para UTI do Hospital Estadual de Sumaré e com quadro estabilizado”.