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Impasse sobre gestão trava transferência do Ecológico

Acordo esbarra em divergência entre Estado e Prefeitura sobre a recuperação

Maria Teresa Costa
23/08/2013 às 08:56.
Atualizado em 25/04/2022 às 04:29
Vista do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim: área de lazer e de preservação ambiental (Edu Fortes/AAN)

Vista do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim: área de lazer e de preservação ambiental (Edu Fortes/AAN)

Governo do Estado e Prefeitura de Campinas não conseguiram chegar a um acordo e a transferência do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim para a Administração municipal chegou a um impasse. O Estado quer a gestão compartilhada daquela área de lazer, mas o prefeito Jonas Donizette (PSB) não admite dividir a gestão se tiver que investir recursos para a recuperação do parque. Enquanto o consenso não chega, o Parque Ecológico continua sendo administrado pelo Estado.“Minha prioridade é a construção do Teatro Carlos Gomes. Quero decidir sobre o parque com calma, analisando prós e contras”, disse o prefeito. Em maio, por decreto do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o parque foi cedido à Prefeitura por 99 anos, mas o prefeito decidiu não assumir a gestão enquanto não estiver definido que a administração completa ficará com o Município. “Se vamos pagar, é justo que a administração seja nossa”, afirmou. A previsão é de que a Prefeitura gastará com a manutenção cerca de R$ 6 milhões anuais.O prefeito afirmou que está fazendo uma estruturação financeira para assumir os investimentos que serão necessários para recuperar aquela área e para garantir sua manutenção. A Prefeitura, disse, está em situação financeira difícil e não dá para assumir o parque já. “Quero ter um horizonte de gastos, para ir fazendo o que é necessário gradativamente”, informou.O prefeito disse também que, antes de receber a área, vai exigir que o Estado faça os investimentos necessários à recuperação do parque. “Quero assumir uma área em ordem, porque não teremos dinheiro para fazer investimentos imediatos na recuperação do Ecológico. Recebendo em ordem, nosso compromisso é garantir o custeio, fazer ações para a revitalização da área como espaço cultural e de lazer”, afirmou. Procurada ontem, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, atual administradora do parque, não se manifestou. O parqueCom uma área de 110 hectares e projeto paisagístico de Roberto Burle Marx, a implantação do Parque Ecológico visou à recuperação e repovoamento vegetal de uma área de 2,85 milhões de metros quadrados, com 1,1 milhão de metros quadrados aberta ao público, com espécies da flora brasileira, espécies nativas da região da bacia do Rio Piracicaba e algumas espécies exóticas, em especial as palmeiras.O parque ecológico abriga também exemplares tombados e restaurados da arquitetura campineira do século 19, como o casarão, a tulha e a capela da antiga Fazenda Mato Dentro, espaços que integram um Museu Histórico Ambiental e o desenvolvimento de diversos programas de educação ambiental.O parque possui ainda sete quadras poliesportivas, campos de futebol soçaite, quadra de bocha e malha, trilhas para caminhadas, pista de cooper, playground, áreas para piquenique, anfiteatro, e dois estacionamentos com capacidade para mil carros.

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