O ferroviário aposentado Sérgio Dias Ribeiro negou ontem as acusações feitas por representantes da atual diretoria da entidade
Responsável pela ação judicial que resultou na suspensão de aulas na CEI Lar Campinense, no Jardim Eulina, já há duas semanas, o ferroviário aposentado Sérgio Dias Ribeiro negou ontem as acusações feitas por representantes da atual diretoria da entidade. Segundo essas acusações, os documentos que deram base para a decisão judicial que suspendeu as atividades na escola, deixando ao menos 135 alunos sem aulas, teriam sido forjados. “Isso é uma mentira. Fizemos todas as publicações exigidas por lei. Publicamos a data da assembleia no Diário Oficial e na imprensa. Só não fizemos na sede da entidade porque não nos deixaram entrar”, afirmou Ribeiro. “Decidimos, então fazer a assembleia na rua”, revelou Ribeiro. A Organização da Sociedade Civil Lar Campinense - que presta serviços na escola - recebe cerca de R$ 515 mil de recursos públicos para dois tipos de atividades: o de creche - com recursos da Secretaria de Educação - e o de proteção básica, contratado pela Secretaria de Assistência. Há duas semanas, porém, os repasses oficiais foram suspensos, por conta de irregularidades nas prestações de contas. A atual diretoria informa que há casos de superfaturamento e desvios de recursos para finalidades que não estão previstas no contrato. “Isso eu não posso falar nada, porque não pertenço à antiga diretoria”, afirmou. Os alunos da educação infantil foram transferidos ontem para uma escolinha no bairro, mas a medida não agradou inteiramente as mães. “Aqui (na nova escolinha) só tem meio período. Isso não adianta nada. Tem mãe que mora no Jd. Aurélia, Boa Vista, Santa Bárbara e que não pode vir até aqui (o Jd. Eulina) e ter de pagr o filho ao meio-dia”, argumenta. “Isso não resolve nosso problema”, afirmou. Segundo as mães, o destino dos demais alunos permanece incerto.