imunização

Idosos têm vacinação quase completa na rede pública

Dentre as cinco maiores cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), apenas Campinas e Hortolândia oferecem as sete vacinas mais importantes

Daniel de Camargo
12/06/2018 às 08:13.
Atualizado em 28/04/2022 às 12:28
Idoso durante vacinação, em Campinas: OMS estima que em 2050 haverá 2 bilhões de pessoas acima dos 60 anos (Cedoc/RAC)

Idoso durante vacinação, em Campinas: OMS estima que em 2050 haverá 2 bilhões de pessoas acima dos 60 anos (Cedoc/RAC)

As cinco maiores cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), oferecem seis das sete vacinas mais importantes na terceira idade (gripe, febre amarela, hepatite B, preventiva de pneumococos, difteria/tétano e tríplice viral). A única indisponível é a que previne para herpes zóster, doença causada pela reativação do vírus da catapora, conhecida popularmente como cobreiro. A justificava é que referente antivírus não faz parte da lista de vacinas do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, o que obriga o cidadão a procurar o setor privado. Em cinco clínicas consultadas em referentes cidades a dose sai, em média, por R$ 500,00.  O imunizante é destinado a pessoas com, no mínimo, 50 anos de idade. Se o indivíduo teve algum episódio recente com a doença, é necessário esperar o prazo de um ano para ser vacinado. Isso, para que o imunizante seja eficaz. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2050 serão 2 bilhões de pessoas acima dos 60 anos. O Brasil segue o mesmo gráfico de aumento da faixa etária: a expectativa é de que em 2020 a quantidade de idosos já seja maior do que a de crianças com até 5 anos. A prevenção, entretanto, ainda segue com maior adesão somente mediante campanhas governamentais, como contra a gripe e febre amarela. Para a infectologista Priscila Frazão, a imunização em pessoas com 60 anos ou mais melhora a qualidade de vida, além de prevenir contra doenças infecciosas. A especialista destaca ainda que é importante estar em dia com as vacinas neste período do ano, pois no Inverno a população fica mais suscetível a doenças respiratórias, por exemplo. Locais de vacinação Antes de sair para se vacinar, a população deve consultar os horários de funcionamento dos centros de saúde da sua cidade e se há um dia especifico para aplicação das doses ou se há necessidade de apresentar algum documento, além da carteira de identidade (RG) e carteirinha de vacinação. Em nota, a Secretaria de Saúde de Indaiatuba informou, por exemplo, que a Vacina pneumo 23 valente só é aplicada mediante indicação médica. No município, os esclarecimentos podem ser feitos pelo link: https://www.indaiatuba.sp.gov.br/saude/.   Cronograma variável Já em Sumaré, as imunizantes disponíveis seguem um cronograma que varia em cada unidade de saúde, com o objetivo de reduzir as perdas de doses já abertas. Por isso, é necessário entrar em contato com sua unidade de referência para se informar sobre a vacina desejada. O cidadão pode obter o telefone e o endereço dos postos pelo Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), no telefone 3399-5708. Em Americana, as dez unidades básicas de saúde atendem de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30. Os dados podem ser consultados no endereço eletrônico: http://www.saudeamericana.com.br/portal/unid_ubs.php. Maior cidade da RMC, Campinas conta com 63 centros de saúde, sendo que cada um foi dimensionado para atender aproximadamente 20 mil habitantes. O endereço e demais informações de cada unidade estão disponíveis no link: http://www.campinas.sp.gov.br/governo/saude/unidades/centros-de-saude/. Em Hortolândia, as salas de vacinação funcionam das 7h30 às 15h30, de segunda a sexta. A aplicação ocorre em 17 unidades de saúde. Os endereços e telefones estão disponíveis no link: http://www2.hortolandia.sp.gov.br/secretarias/saude. ‘A vacina não desenvolve gripe’, destaca especialista A gripe é uma das doenças infecciosas que mais preocupam as autoridades sanitárias no mundo. A infectologista Priscila Frazão esclarece que “a vacina não desenvolve gripe como muitos pensam”. “Como temos muitos tipos de vírus em circulação, as pessoas quando tomam a vacina já tiveram contato prévio com algum deles, mas pensam que contraíram a doença após se vacinar”, completa. A estimativa é de que a vacina contra a gripe pode reduzir em 50% o índice de mortalidade entre os idosos, 19% o risco de hospitalização por patologias cardíacas e até 23% de doenças cerebrovasculares, informa Priscila. Já a febre amarela pode causar um quadro de queda de pressão, sangramento e icterícia (caracterizada pela cor amarelada da pele e da parte branca dos olhos). A hepatite B, por sua vez, em algumas pessoas pode ser assintomática e ataca o fígado. Já a pneumonia é causada pelas principais cepas da bactéria pneumococo. Em pessoas acima de 60 anos, a doença é três vezes mais frequente e o índice de mortalidade é maior. A vacina é aplicada uma vez com reforço após cinco anos. A herpes zóster é prevenida com a aplicação de uma única dose. A difteria e o tétano podem fazer parte da terceira idade em decorrência de ferimentos domésticos. Pessoas nessa faixa etária que nunca tomaram ou desconhecem a quantidade de doses precisam receber a vacina três vezes com intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose. Depois é necessário tomar o reforço a cada dez anos. Transmitidas por vias respiratórias, caxumba, rubéola e sarampo tem alto índice de contágio. A tríplice viral protege contra essas três patologias.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por