Ídolo nerd faz sessão de autógrafo em Campinas

“O que era nerd está cada vez mais se tornando pop.” A frase, dita por um nerd, claro, é incontestável. Basta lembrar-se de atividades que antigamente eram consideradas desse “grupo” e que, hoje em dia, são extremamente populares, como as histórias em quadrinhos.

Atualmente, o tema não só faz sucesso entre pessoas que não se consideram nerds, como se tornou um dos preferidos de Hollywood, já que os filmes inspirados em diversas HQs estão atraindo milhões de pessoas aos cinemas e entrando para o ranking de maiores bilheterias da história da indústria.

“O cinema, sem dúvida, tem sido a principal ferramenta para mudar esse panorama, porque é uma mídia que atrai muito mais gente. E quanto mais as pessoas se aproximam da cultura nerd, mas elas vão atrás de outras coisas do meio”, completa o mesmo intelectual da frase inicial.

Um nerd, aliás, que tem bastante conhecimento de causa para falar sobre isso. Afinal, o jornalista e escritor Eduardo Spohr, mais do que se considerar um integrante da tribo, se tornou um verdadeiro ídolo nerd no País. O autor é um dos maiores fenômenos da literatura brasileira nos últimos anos.

Seus dois primeiros livros, A Batalha do Apocalipse (2010, Verus, R$ 31,90) e Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida (2011, Verus, R$ 31,90), entraram para as principais listas de mais vendidos de ficção, território praticamente exclusivo de estrangeiros — a exceção é Paulo Coelho —, com quase 600 mil exemplares vendidos.

Exatamente por isso, o próximo passo de Spohr era muito aguardado pelos fãs e pelo setor. Mas a sequência de Herdeiros de Atlântida, Anjos da Morte (2013, Verus, R$ 39,90), acaba de chegar às lojas e o autor fará sessão de autógrafos neste sábado, às 19h, na Livraria Leitura do Parque D. Pedro Shopping.

“O pessoal que me acompanha, principalmente nas redes sociais, me perguntava o tempo todo quando ia sair o próximo livro, e isso é muito legal, é uma cobrança bacana porque me estimula muito a escrever”, conta Spohr.

Mesmo assim, ele garante que sempre deixou claro que não sabia ao certo quando seria. “O que eu acho é que se está demorando é porque estou tentando deixar ele melhor. Eles querem ler, mas querem ser surpreendidos, querem uma obra de qualidade, então entendem o meu tempo”, conta Spohr, justificando os quase dois anos entre as obras e deixando claro que o terceiro livro da série não tem previsão de publicação. “Agora estou focado na divulgação do livro que acabou de sair.”

Mesmo sendo o segundo livro da sérieFilhos do Éden, a história deAnjos da Morte é anterior ao primeiro livro, permitindo, assim, ser lido mesmo por aqueles que não conhecem a história lançada em 2011.

“São dois começos, apesar das histórias estarem interligadas”, afirma o escritor.Anjos da Morteregressa ao século 20, mas especificamente em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, para contar a gênese de Denyel, um dos querubins exilados, e sua trajetória no esquadrão dos anjos da morte, desde a invasão das tropas aliadas à Europa até a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989.