De acordo com a assessoria de imprensa da Pasta da Saúde do governo, será realizada reorganização de fluxos e pactuações para serviços eletivos
Estado recua e mantém atendimentos em hospital (Wagner Souza/AAN)
O Hospital Estadual de Sumaré, vai perder os atendimentos oftalmológicos eletivos, assim como a enfermaria pediátrica após corte de verbas anunciada pelo governo estadual. O hospital é administrado, por meio de convênio firmado entre a universidade e a Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com a assessoria de imprensa da Pasta da Saúde do governo, será realizada reorganização de fluxos e pactuações para serviços eletivos ou com baixa demanda. Com isso, o primeiro impacto será no atendimento pediátrico.
"O Hospital Estadual de Sumaré já atua com Pronto Socorro referenciado e este perfil continua mantido. Adequações serão realizadas na enfermaria pediátrica devido à ociosidade - a ocupação chegou a ser de apenas 45% na enfermaria, com uma demanda predominantemente de média complexidade que pode ser absorvida pela rede primária de saúde, sendo prerrogativa dos municípios fortalecê-la", afirma. As UTIs Pediátrica e Neonatal serão mantidas.
Os procedimentos eletivos na área de Oftalmologia também não serão mais oferecidos, já que, de acordo com o governo estadual, contam com serviços de referência nos Ambulatório Médicos de Especialidades (AMEs) de Campinas, Piracicaba e Santa Bárbara D'Oeste.
"Fundamental reiterar que a Secretaria de Estado da Saúde tem atuado para salvar vidas e combater a pandemia de Covid-19. Com o recrudescimento da doença - em São Paulo e em outros países -, este combate segue como eixo prioritário de atuação, sendo necessário equacionamento orçamentário de caráter transitório, argumenta.
Ainda de acordo com o estado, a assistência à população da região de Campinas está garantida, sobretudo quanto aos atendimentos de urgência e Emergência, uma vez que o foco da Secretaria de Estado da Saúde é salvar vidas, neste momento de recrudescimento da pandemia. "Cabe acrescentar que os ajustes estão amparados na Lei Orçamentária referente ao exercício de 2021 e não representam prejuízo aos pacientes da rede pública de saúde, sendo prerrogativa dos gestores atuar para o uso adequado dos recursos públicos", ressalta.
O Correio questionou ontem (7), sobre o valor que deixará de ser aportado no hospital, mas não recebeu resposta até o fechamento da edição.