REGIÃO

Hospital Bom Samaritano é alvo de leilão

Lance mínimo é de R$ 13 mi, em processo para saldar dívida com um banco; até agora não houve interessados

Gustavo Abdel
11/05/2015 às 19:06.
Atualizado em 23/04/2022 às 13:59

O Hospital Bom Samaritano de Artur Nogueira, que passou a atender em março o serviço de saúde municipal através de um convênio, está com o processo de leilão aberto desde sexta-feira (8). A entidade responde a um processo que se arrasta desde 2006, movido pelo banco HSBC por causa de dívida, e já havia ido a leilão no início do ano, quando não houve licitantes. Nesta segunda-feira (11), novamente não houve interessados e os lances mínimos são de R$ 13,4 milhões. A direção do hospital acredita que não haverão interessados. O primeiro leilão é apontado no processo como tendo ocorrido de 26 de janeiro a 27 de fevereiro de 2015 e, segundo o leiloeiro responsável, Irani Flores, foi cancelado porque não houve licitantes. Nesta segunda, às 11h, ocorreu o encerramento da primeira praça do leilão, que seguirá recebendo possíveis lances até o dia 8 de junho deste ano. O prédio onde funciona o Bom Samaritano possui aproximadamente 4 mil metros quadrados e é dividido em quatro blocos, sendo que o bloco 1 possui 26 apartamentos. Após uma série de reclamações envolvendo o atendimento médico em Artur Nogueira, a Prefeitura oficializou um convênio que vai transferir em até 60 dias os atendimentos de baixa complexidade e a maternidade do Pronto-Socorro Municipal para o Bom Samaritano. O pronto-socorro passará por reformas. Algumas obrigações financeiras com alguns bancos, entre eles o HSBC, não foram honradas ao longo dos anos, gerando atrasos no pagamento de algumas parcelas deste financiamento. “O referido atraso gerou encargos e juros abusivos cobrados por parte do HSBC, o que este hospital obviamente não concordou. O HSBC, de forma unilateral, entrou com demanda judicial buscando justificar sua cobrança abusiva. A dívida original de alguns milhares de reais, passou rápida e absurdamente para milhões”, apontou o diretor-clínico do hospital, o médico Zildomar Deucher, em nota. Segundo Deucher, o próprio banco reconheceria que trata-se de uma cobrança abusiva, ao propor acordo para o hospital por valor bem inferior ao cobrado em juízo. “No entanto, temos que nos submeter aos trâmites judiciais e passar por tais dissabores”, disse. “Os dados do próprio banco, onde uma dívida inicial de R$ 300 mil, evoluiu para o valor absurdo de R$ 1,8 milhões e o próprio banco HSBC propõe acordo de R$ 100 mil. Ou seja, o HSBC reconhece na sua proposta de acordo, que efetivamente houve exagero na cobrança de juros e correções.” O diretor também garantiu que esse processo judicial não prejudica o atendimento prestado à população. Já o banco HSBC informou por meio de nota que não irá se manifestar.

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