Horário ampliado entra em vigor hoje

O prefeito Jonas Donizette (PSB) autorizou comércio de rua, shoppings, salões de beleza, academias e outros serviços a funcionarem por oito horas diárias a partir de hoje. A extensão em duas horas foi autorizada pelo governo do Estado na quarta-feira, para as cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo de retomada das atividades. Desde que entrou nessa fase, há duas semanas, comércios e serviços em Campinas estavam autorizados a funcionar por seis horas diárias. O prefeito autorizou, também, a volta de venda de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência em postos de combustíveis, mas com proibição de consumo no local. Decreto que será publicado hoje estipula que o período de abertura dos estabelecimentos será das 6h às 22h e nesse intervalo as atividades poderão definir como distribuirão às 8h diárias autorizadas. Elas poderão ser corridas, ou fracionadas. No decreto anterior, de funcionamento por seis horas diárias, os bares e restaurantes dentro de shoppings estavam obrigados a seguir o horário dos centros de compras. No decreto de hoje, restaurantes terão autonomia para definir o horário de abertura e fechamento e poderão trabalhar as oito horas autorizadas como desejarem. O prefeito afirmou que será rigoroso na fiscalização para impedir que bares e restaurantes funcionem após 22h. Segundo ele, os estabelecimentos flagrados serão multados e poderão ser lacrados. O comércio em geral funcionará das 9h às 17h. Os shoppings, no entanto, terão horário diferenciado, segundo a secretaria de Desenvolvimento Econômico, Alexandra Caprioli. Entre 12h e 20h funcionarão Campinas Shopping, Spazio Ouro Verde, Shopping Prado e Galeria. Já o Parque D. Pedro, Iguatemi, Bandeiras e Unimart abrirão das 13 às 21h. O Jaraguá, no Centro, abrirá das 9 às 17h, de segunda a sexta e das 9h às 16h no sábado. As praças de alimentação do Campinas Shopping e Spazio Ouro Verde abrirão das 12h às 20h, enquanto as do Shopping Prado e Galleria funcionarão das 12h às 16h e das 18h às 22, e Iguatemi, Parque D. Pedro e Bandeiras, das 12h às 16h e das 17h às 21h; o Unimart das 12h às 20h. A ampliação do horário foi autorizada pelo Centro de Contingência da Covid-19 do Estado para as 15 regiões que estão na fase amarela, que corresponde a 86% da população paulista. Segundo o coordenador do centro, José Medina, a expectativa é que a medida é razoável e não trará impacto na saúde. Ele avaliou que a ampliação de horário na fase amarela permite a dispersão de público nesses locais, mas observou que também pode ser um convite para mais pessoas saírem às ruas. "Vamos acompanhar o andamento nessa fase para ver se haverá impacto na saúde, com crescimento de número de casos", disse. Restaurantes e bares voltam na totalidade A totalidade dos bares e restaurantes deverá operar no novo horário de oito horas autorizado pela Prefeitura já a partir de hoje, segundo avaliação feita pela regional Campinas da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).  De acordo com a entidade, cerca de 60% dos bares e restaurantes na Região Metropolitana de Campinas (RMC) reabriram suas portas nas duas primeiras semanas de retomada, depois de 139 dias sem atendimento presencial. Este número, estima a Associação, deve subir para 100% a partir de hoje, quando o setor poderá retomar o atendimento no jantar, dentro das regras estabelecidas no Plano São Paulo e quando o horário de funcionamento permitido passará a ser até 22h. Cada bar ou restaurante poderá dividir o período de oito horas, conforme seu planejamento Nas duas primeiras semanas de retomada, o movimento surpreendeu, segundo a Abrasel. Pesquisa junto aos associados mostrou que o movimento ficou em 50% do que era registrado antes da pandemia, em março. (Acerca de 25% das casas, como pizzarias e botequins, com atendimento noturno, permaneceram fechadas e deverão reabrir a partir da divisão de horário - diurno e noturno, até 22h - a partir desta sexta-feira (hoje)", disse ontem Matheus Mason, presidente da Abrasel RMC. "O número de estabelecimentos que retornariam de imediato e o movimento nestes primeiros dias nos causavam apreensão, já que não fazíamos ideia de como seria o comportamento do público na retomada", afirma Mason. "Mas, para nossa surpresa, o movimento foi acima do que calculávamos".