Honda trará administração de São Paulo para Sumaré

A holding Honda South America (HSA) vai transferir a sede administrativa para Sumaré a partir do próximo ano.

A empresa vai investir ao menos R$ 100 milhões para a construção de um prédio no complexo da multinacional e também para custear o processo de reorganização dos funcionários que sairão de São Paulo para virem para a unidade local.

O objetivo é ganhar sinergia e otimizar a tomada de decisões. A montadora japonesa ainda está empregando R$ 100 milhões em recursos para erguer um centro de desenvolvimento tecnológico que concentrará a elaboração de novos projetos e a execução de ensaios.

Ontem, a multinacional realizou um evento em Campinas para apresentar o projeto de transferência da sede administrativa da Capital para Sumaré.

Apenas as atividades da Honda Serviços Financeiros (HSF) – Banco Honda, Consórcio Nacional Honda e Seguros Honda – e as áreas de vendas de motos e de produtos de força permanecerão em São Paulo.

A empresa informou que 400 funcionários devem vir para o novo prédio que começará a ser construído a partir de setembro deste ano na cidade vizinha a Campinas e tem inauguração prevista para janeiro de 2015.

O diretor-executivo da Honda South America, Helio Maes Mabba, afirmou que o novo prédio do setor administrativo terá capacidade de 700 funcionários. “O compromisso da Honda é com o bem-estar dos funcionários e queremos que todos continuem conosco . Por isso, a empresa está oferecendo todo o suporte para que as pessoas possam se transferir para a nova unidade”, comentou.

Segundo ele, a empresa passa por um processo de reestruturação da atuação no Brasil. Ele salientou que a sede da holding para a América Latina ficará em Sumaré. O diretor disse ainda que os funcionários que preferirem não mudarem a residência para a região terão transporte garantido da Capital para o Interior.

A nova unidade administrativa começará a funcionar em janeiro de 2015. “A Honda também está criando escritórios regionais de negócios que ficarão em regiões estratégicas - São Paulo, Sumaré, Brasília e Ananindeua (Pará). A empresa vai manter alguns setores na Capital por motivos estratégicos”, pontuou.

Além de apostar na sinergia entre os setores administrativo e produtivo, a montadora japonesa quer focar em produtos moldados para o gosto dos brasileiros e dos consumidores latino-americanos. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento darão suporte para projetar as novidades que ganharão as ruas nos próximos anos.

O uso de novos insumos também passará por ensaios no centro que está em construção no complexo de Sumaré. A montadora vai contratar pelo menos 300 engenheiros para a unidade.

“Encontrar mão de obra qualificada, e ainda mais nessa quantidade, é sempre um desafio”, destacou.

Produção

O diretor-executivo da fábrica de Sumaré, Carlos Eigi Miaykuchi, comentou que hoje a planta trabalha no limite da capacidade, mas que está ajustada com a demanda do mercado. “Para este ano, estimamos a fabricação de 140 mil unidades em dois turnos de trabalho. No ano passado, foram 135.894 unidades, melhor resultado dos 15 anos em que a empresa tem fábrica de carros no Brasil”, apontou.

Ele calculou que de 10% a 11% da produção brasileira é exportada para a América do Sul. “Mais da metade disso vai para a Argentina”, informou.

Miyakuchi disse que o mercado está muito competitivo e que é preciso buscar eficiência para conseguir reduzir custos.“Se o mercado demandar, temos condições de instituir um terceiro turno de trabalho. Mas, no momento, a produção atende à demanda”.