CRIME

Homem é identificado após manter cárcere privado

A equipe da DIG encontrou o cativeiro que Emilly Bello Soares da Silva, de 11 anos, foi mantida em cárcere privado por quatro dias

Gilson Rei
gilson.rei@rac.com.br
11/07/2020 às 14:02.
Atualizado em 28/03/2022 às 21:18

Emilly Bello Soares da Silva, de 11 anos, foi mantida em cárcere privado por quatro dias (Divulgação)

O homem que manteve a menina Emilly Bello Soares da Silva, de 11 anos, em cárcere privado por quatro dias foi identificado neste sábado (11) pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana. A equipe da DIG encontrou o cativeiro utilizado, em um condomínio de apartamentos no Jardim Santa Maria, na região de Nova Veneza, em Sumaré. A investigação concluiu que Paulo César da Silva Santos, de 28 anos, foi o autor do crime. Ele continua foragido e está sendo procurado pela Polícia. Silva Santos pode ser indiciado por cárcere privado e estupro de vulnerável. Segundo o delegado da DIG, José Donizeti de Melo, existe a possibilidade da participação de mais um homem nos crimes. Os policiais informaram que o local utilizado por Silva Santos pertence à irmã dele, que estava em viagem para outro município. O foragido aproveitou o imóvel vazio para manter a menina em cárcere privado por quatro dias. As investigações estão ainda em curso, pois a menina relatou inicialmente que teria ficado em uma casa de veraneio e o local identificado como cárcere privado é um apartamento em um condomínio. O caso Emilly estava desaparecida desde as 0h45 do domingo passado (5). A menina mora no Jardim Europa, em Santa Bárbara d´Oeste, com os avós paternos desde os 3 anos de idade. Os pais nunca foram casados e moram em Americana. Trocas de mensagens nas redes sociais foram descobertas pelos familiares, que chegaram a tirar o celular dela para que ela não conversasse com pessoas estranhas. Em uma das conversas, um homem a elogiava e dizia que ela se parecia com uma modelo. A mãe da menina chegou a achar cartas dela em que relatava ameaças sofridas por um homem.   No dia do sumiço, um homem em uma motocicleta preta, com um capacete no braço e outro na cabeça, passou várias vezes na rua da casa de Emilly e chegou a ser abordado pelo pai da menina. O homem escondeu-se na região e aguardou a chegada da garota que saiu a noite sem que os avós percebessem. A garota desapareceu levando apenas um book. O aparecimento A menina Emilly apareceu na manhã de quinta-feira (9), em um posto de combustível às margens da Rodovia Anhanguera, na região da Praia Azul, em Americana. A criança estava desorientada, amedrontada e faminta. Ela relatou que foi levada por um homem que a conheceu nas redes sociais e mantida trancada em uma casa bonita, em uma região de chácaras que ela não soube informar. A garota estava dopada e foi levada por policiais militares ao Hospital São Lucas onde passou por exame clínico que apontou violência sexual e depois seguiu com a família para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santa Barbara d´Oeste, onde os pais e avós prestaram depoimentos. Ela apresentava algumas lesões superficiais, causadas, segundo amigos da família, por ela mesma em razão do medo. A garota relatou para amigos e familiares que foi mantida trancada sozinha em uma casa que seria usada como de veraneio pelo homem. O imóvel seria de alto padrão, em um condomínio. Na casa havia fotos e roupa de mulher e de criança, mas que ela não soube descrever onde seria o local e tampouco detalhes do que viu na casa. O homem teria ficado com ela apenas um dia e deixado somente biscoitos para que se alimentasse. A garota disse que chegou a passar fome. A libertação teria ocorrido na madrugada de quinta-feira, após o homem ver noticiários sobre o sumiço e a busca da família pela menina. Segundo Emilly, o homem foi até a casa e mandou que ela fosse embora. A garota disse que não se lembrava do local onde ficou, mas relatou que caminhou por muitos quilômetros, seguindo as placas para chegar em Americana.

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