Hemocentro lança 'Junho Vermelho'

O Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realiza, junto ao “Junho Vermelho”, uma ação para estimular a população de Campinas e região a doar sangue. Este período do ano é o mais crítico para os estoques por conta do frio que faz com que poucas pessoas saiam de casa para doar. Para se ter uma ideia, são necessárias aproximadamente 6,5 mil bolsas de sangue por mês para atender à demanda na região. Em junho, com o Inverno, as doações caem em média 20%. Segundo o diretor do Hemocentro, Fabrício Bíscaro, isso é prejudicial para os hospitais. Bíscaro explica que independentemente da estação, as pessoas continuam doentes e que sem as doações, o estoque é afetado, podendo faltar sangue para quem precisar. É por conta disso que o Hemocentro realiza mobilizações nesse período do ano, lembrando a importância da doação, uma contribuição que pode salvar vidas. Neste ano, a campanha tem como garoto-propaganda o campeão brasileiro de Stock Car Ingo Hoffmann e pelo segundo ano, o apoio do Sindicato dos Postos de Combustíveis de Campinas e Região (Recap). Com essas parcerias, a ação trata o sangue como um “supercombustível”, essencial para a máquina “ser humano”. Ingo Hoffmann abraçou a causa, já que além de ser envolvido com ações de solidariedade, sempre foi doador de sangue. Ele fez questão de doar e esteve ontem no Hemocentro da Unicamp. O piloto apontou a importância das doações de sangue e disse que sabe da dificuldade das famílias que necessitam de sangue para conseguirem mobilizar possíveis doadores. “Já pelas minhas redes sociais vi o quanto as pessoas se sensibilizam, mostrando o quanto a campanha é positiva. Sempre doei sangue em São Paulo e agora que moro em Vinhedo nem sabia que com mais de 60 anos poderia ser doador. Soube e fiz questão de não só vestir a camisa, como também ajudar a salvar vidas. É muito gratificante e eu peço a ajuda de todos”, disse Hoffmann. Ao longo de junho, os postos de combustíveis de Campinas ganham peças publicitárias sobre a campanha para ampliar a divulgação e fazer com que mais pessoas doem sangue. “Nós fazemos questão de apoiar essa causa e temos a vantagem dos postos estarem nas principais ruas e avenidas da cidade, dando uma grande visibilidade à campanha, além de nos mobilizarmos para doação”, afirma o diretor do Recap, Eduardo Valdívia. Segundo ele, no ano anterior, os resultados da campanha foram positivos e por conta disso espera neste ano repetir e até superar o sucesso de 2018. O diretor do Recap ainda lembra que podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, com mais de 50 quilos e bom estado de saúde. Os pontos fixos e itinerantes para as doações podem ser conferidos no site https://www.hemocentro.unicamp.br/. ALERTA PARA O PERÍODO CRÍTICO O “Junho Vermelho” foi estabelecido como um período para alertar os brasileiros de que qualquer um está sujeito a precisar de uma doação de sangue, a qualquer momento da vida. A escolha do mês de junho acontece por se tratar de um período crítico por conta do Inverno. Atualmente, a região de Campinas tem cerca 3% da população como doadora de sangue regular, ou seja, que doa duas vezes ao ano. Este é o índice preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas é uma situação pontual da região, já que no Brasil, ele cai para cerca de 1,8%.