Medida vale tanto para internações encaminhadas pela rede de transferências de vagas quanto para a procura espontânea pela população
Áreas como a de saúde da Unicamp também serão afetadas, com redução em 50% da reposição de pessoal que se afaste do cargo ou se aposente ( Cedoc/ RAC)
O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiu nesta terça-feira (19) manter por mais 24 horas a suspensão de novas internações. A medida foi anunciada na última quarta-feira (13) e prorrogada no último domingo (17). A demanda é a maior em 30 anos.O hospital informou que já diminuiu a superlotação causada pelo alto número de casos de crianças com doenças respiratórias graves, mas a suspensão ainda é necessária para evitar que a situação volte a ser a mesma registrada na quarta-feira (13).A assessoria de imprensa do hospital informou que a medida vale tanto para internações encaminhadas pela rede de transferências de vagas quanto para a procura espontânea pela população. A medida começou a valer primeiro por 72 horas e depois foi prorrogada por mais 48 horas no domingo.De acordo com o HC, nesta terça-feira estão ocupados dez leitos na unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica e outros seis de tratamento semi-intensivo (enfermaria pediátrica). Além deles, duas crianças que precisavam de respiração artificial estavam acomodadas em leitos intensivos improvisados na unidade na tarde desta terça. Na semana passada, havia cinco crianças nesses espaços. O HC precisou alugar, em caráter emergencial, 11 equipamentos de ventilação mecânica para dar suporte aos pacientes. A unidade tem 117 respiradores para todo o hospital, mas eles estavam em uso por outras pessoas ou passavam por manutenção técnica.A incidência de vírus que causam doenças respiratórias é tradicionalmente maior no período entre o início do Outono e começo da Primavera. A demanda no HC, no entanto, foi a maior em 30 anos e estrutura física e o número de equipes não foi suficiente para dar conta da procura. “É comum nesta época do ano o aumento de pacientes, mas este superou. Normalmente temos 20% ou 30% a mais que a capacidade da UTI, mas neste ano chegou a 100%”, disse na semana passada o coordenador da Emergência Pediátrica, Marcelo Reis.