Comboio tinha nove carros e seis caminhões e eram ocupados por cerca de 30 homens encapuzados e fortemente armados
Fachada do Centro Logístico de Campinas que foi invadido na madrugada deste domingo (17) (Dominique Torquato/AAN)
Um comboio com nove carros e seis caminhões ocupados por cerca de 30 homens encapuzados e fortemente armados fez um arrastão na madrugada deste domingo (17) no Centro Logístico Brasil, em Campinas, um condomínio logístico e industrial que loca galpões modulares, no entrocamento das rodovias D. Pedro I e Anhanguera, no distrito de Nova Aparecida.
Segundo a Prefeitura, metade da estrutura é ocupada desde setembro pela multinacional espanhola Celistics, responsável por ceca de 60% das operações de logística e de transportes de aparelhos celulares no Brasil, e de acordo com a Polícia Militar, os alvos foram principalmente tablets e smartphones.
A ação durou cerca de três horas e foi encabeçada por um veículo dublê de uma das empresas de segurança do local, cujos ocupantes inicialmente alegaram ser superiores para que a entrada fosse facilitada, por volta das 23h30. Em seguida, apareceram uma caminhonete Toyota Hilux e os outros veículos, de onde desceram integrantes encapuzados e armados com metralhadoras, submetralhadoras e fuzis e renderam cerca de 10 vigilantes que trabalhavam no turno.
Eles foram amarrados, trancados na portaria e só conseguiram acionar a PM após se desvencilharem das amarras cerca de 40 minutos depois que os criminosos deixaram o local. Seus coletes e armas, revólveres calibre 38 e uma espingarda calibre 12, também foram levados pela quadrilha.
De acordo com o 4º Distrito Policial, onde o boletim de ocorrência foi elaborado, além do CLB e da Celistics, duas empresas de segurança foram qualificadas como vítimas. A ação foi filmada, mas a PM teve acesso às imagens apenas de uma das câmeras, que mostra a movimentação dos veículos sem possibilitar a identificação das placas.
O assalto deve ser investigado pelo 8º DP, responsável pela área, e pela Delegacia de Investigações Gerais, a quem as gravações devem ser entregues para tentar identificar e localizar o grupo, já que ninguém foi preso. Nem o CLB nem a Celistics falaram sobre o caso e o valor levado ainda não havia sido estimado até o fechamento desta edição.