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Grupo garante suporte jurídico às mulheres

Um grupo de ao menos 133 mulheres de diversas profissões se uniu para apoiar e fazer acompanhamento jurídico às mulheres que sofrem qualquer tipo de violência

Alenita Ramirez
05/03/2018 às 11:10.
Atualizado em 22/04/2022 às 15:11
Equipe formado por mulheres de diversas profissões se uniu para apoiar e fazer acompanhamento jurídico. (Divulgação)

Equipe formado por mulheres de diversas profissões se uniu para apoiar e fazer acompanhamento jurídico. (Divulgação)

Um grupo de ao menos 133 mulheres de diversas profissões se uniu para apoiar e fazer acompanhamento jurídico às mulheres que sofrem qualquer tipo de violência, como doméstica, assédio sexual/moral, física, psicológica entre outras. O serviço, prestado em uma sala no piso térreo da Justiça do Trabalho, em Campinas, é voluntário e independente. O projeto, denominado Mulheres pela Justiça, foi criado em novembro de 2017 após uma roda de conversas entre algumas amigas advogadas e juízas. A ideia era oferecer meios alternativos para vítimas de violência, que não fossem, antes de tudo, levar o agressor para a cadeia. A proposta ganhou a adesão de mulheres promotoras, advogadas, juízas, desembargadoras, psicólogas, servidoras, estagiárias em direito, vigilantes patrimoniais e outras. Para colocar o projeto em prática elas criaram uma página no Facebook e no Instagram, além de um grupo no WhatsApp. “Hoje, uma mulher que sofre qualquer tipo de agressão vai buscar ajuda em uma delegacia ou no Judiciário para processar o agressor. A proposta do grupo é tentar encontrar meios alternativos de solução de conflitos e também de acompanhar a mulher em uma delegacia, se ela quiser”, disse a advogada Thais Cremasco, uma das idealizadoras do grupo, ao lado da juíza Ana Claudia Torres Viana, da 6ª Vara e responsável pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Campinas (Cejusc). A maior parte das voluntárias lida diariamente com a Justiça e, segundo elas, sabem dos muitos problemas, burocracias e limitações nos procedimentos jurídicos e no atendimento para mulheres que sofrem algum tipo de violência e abuso, principalmente em casa. “A ideia não é só fazer um processo e prender o agressor, mas chamar a família, o casal envolvido e tentar fazer uma audiência de mediação e conciliação. Conversar com as partes e tentar resolver os conflitos de uma forma rápida e efetiva. Muitas das vezes, denunciar o agressor não vai acabar com as agressões. É preciso trabalhar esse problema para uma solução definitiva”, disse Thais. Ponto de encontro Segundo a advogada Silvia Bianca Pellegrino, os atendimentos e encontros com rodas de conversa entre as mulheres ocorrem periodicamente na sede do Fórum Trabalhista de Campinas, na Avenida José de Souza Campos, a Norte-Sul. Para buscar o serviço, a vítima deve acessar o Facebook (página Mulheres pela Justiça), onde encontrará as formas de contato. “Tem vítimas que têm medo de ir a uma delegacia, outras querem desabafar. Nós nos colocamos para ajudá-las”, disse Silva. Para divulgar o trabalho, o grupo promete fazer uma panfletagem na região central na próxima quinta-feira dia 8, Dia da Mulher. “Nossa divulgação é recente, mas já recebemos cinco denúncias. Cada uma já está sendo analisada e discutida com o grupo. Os casos urgentes, a gente acelera o encontro para buscar solução rápida”, frisou Silva. SAIBA MAIS Aconteceu ontem na área central de Campinas o “Ato Unificado pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres”. Cerca de 50 mulheres se reuniram em frente à Estação Cultura e, em seguida, seguiram até a Rua 13 de Maio portando faixas em cartazes a favor da luta feminina. O ato ocorreu pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres, comemorado na próxima quinta-feira, e abordou questões como política, o presidente Michel Temer (PMDB), a reforma da Previdência e a violência contra a mulher.

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